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"Não me importaria se os Stones parassem de tocar", diz Charlie Watts

O baterista Charlie Watts, dos Rolling Stones - Pierre Verdy/AFP/Getty Images
O baterista Charlie Watts, dos Rolling Stones Imagem: Pierre Verdy/AFP/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

27/02/2018 21h59

Depois de 56 anos de estrada, estariam os Rolling Stones, uma das bandas mais longevas da história, enfim encerrando atividades? Segundo o baterista Charlie Watts, isso pode até acontecer em breve, o que, para ele, está "tudo bem". Sem choro nem drama.

"Adoro tocar a bateria e adoro tocar com Mick [Jagger], Keith [Richards] e Ronnie [Wood]. Não sei o que eles acham", disse em entrevista ao jornal britânico "Guardian". "Não me incomodaria se os Rolling Stones dissessem que irão parar de tocar."

Ele continuou: "Eu odiaria que nossa dissolução não fosse amigável. Gostaria que Mick, Keith ou quem quer fosse chegasse e dissesse que não quer mais tocar por qualquer motivo. Aí nós apenas diríamos: "é isso". Eu não gostaria que houvesse uma briga."

Sobre os eventuais planos pós-aposentadoria, Watts é lacônico. Não tem vaga ideia do que iria fazer. "Keith é ótimo para dizer para você continuar fazendo o que faz. A grande preocupação para mim é ser bom o suficiente. Felizmente, nós não trabalhamos como antigamente. Hoje fazemos grandes intervalos entre os shows."

Questionado sobre a possibilidade de a atual turnê dos Rolling Stones ser a última, Watts respondeu: "Por mim, só gostaria de estar de pé no dia 8 de julho, no final do show em Varsóvia [que encerra a turnê europeia "No Filter]". Isso é o máximo que posso prever."

Alfinetada em David Bowie

Na entrevista, o quase sempre discreto Charlie Watts não se esquivou de possíveis polêmicas. No caso, sobre o cantor David Bowie, que morreu no início de 2016. "Eu imaginei que as pessoas ficariam muito tristes com isso, claro. Ele era um cara amável que escreveu algumas boas músicas", afirmou. "Mas, para mim, ele não era nenhum gênio da música".