Topo

Treta na Carreta: Rivalidade entre trenzinhos de animação acaba em briga

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL

23/02/2018 18h11

A rivalidade entre duas empresas de animação de festas infantis terminou em briga em Ribeirão Preto. A confusão ocorreu quando um funcionário, que estava de folga, da Carreta Furacão agrediu um animador da Carreta Tsunami da Alegria, que estava trabalhando vestido de Chico Bento. Os donos das duas empresas são irmãos. Por conta da confusão, a animação da festa foi cancelada.

O fato ocorreu na noite de quarta-feira. Um dos animadores da Tsunami fazia uma performance quando dois jovens chegaram de bicicleta e tentaram atropelá-lo. Um deles foi empurrado contra o portão de uma casa.

Davidson Matias, que trabalha na Tsunami aos finais de semana, contou que o problema é constante. "A molecada que caçou encrenca faz parte do grupo da Carreta Furacão. E eles estão todos os dias procurando um jeito de arrumar briga", disse. "Sempre fui orientado a desviar de outros trenzinhos para evitar conflito e os animadores a não fazer qualquer tipo de provocação mas, em alguns casos, eles acabam indo atrás".

Sandra Lemes, que havia contratado o trenzinho para celebrar o aniversário do filho, disse que ficou assustada. "Foi muito frustrante, todos nós ficamos chateados com a situação". Ela informou que cancelou a prestação do serviço e que recebeu os R$ 230 que havia pago de volta.

Confusão

Ainda segundo Matias, as brigas constantes abalaram até o relacionamento entre os irmãos Welington e Warlinson Cardoni, donos, respectivamente, da Carreta Furacão e da Tsunami da Alegria. "Eles não se falam por causas dessas brigas que o grupo da Carreta Furacão ficam procurando", relatou ele, acrescentando que já presenciou a ação. "Esse menino mesmo, que jogou a bicicleta, trabalhou com a gente e depois saiu. Agora, está lá e fica arrumando briga", disse.

A reportagem ouviu três funcionários das empresas, sendo um da Carreta Furacão e dois da Tsunami. Sob a condição de não serem identificados, os três admitiram que há rixa entre as duas empresas. "É uma coisa que vem de muito tempo, começa pelos donos e chega até os funcionários. Já teve briga, mas geralmente fica só nas ofensas mesmo", contou um deles.

Procurada, a Carreta Furacão negou que a briga tenha envolvido alguém "que estivesse representando a empresa", mas não informou se o rapaz envolvido na agressão era funcionário. "Desconhecemos qualquer tipo de ocorrido com esse trenzinho e ressaltamos que nosso departamento jurídico já está tomando as devidas providências".

A reportagem também procurou a Tsunami e a empresa confirmou a ocorrência da briga, mas não quis comentar detalhes sobre o caso. A empresa informou que, embora tivesse ciência da situação, não iria tomar medidas judiciais sobre o caso por enquanto.