"Quadrinho era solitário, tipo masturbação", diz Laerte sobre novo projeto
Laerte esteve na CCXP 2017 (Comic Con Experience) para falar do ambicioso projeto "Baiacu", um experimento em que dez quadrinistas, de estados brasileiros e culturas diferentes, moraram na mesma casa para desenvolver uma HQ antropomórfica.
"Quadrinho, para mim, era uma atividade tipo a masturbação, uma ação solitária. O artista ficava sozinho, à noite, produzindo uma coisa incrível. E isso é totalmente novo", disse a artista no painel "Projeto Baiacu: Um Livro, Uma Residência, Uma Experiência", apresentado neste domingo (10).
A quadrinista coordenou ao lado do parceiro criativo de longa data Angeli, uma volta à época do "Pasquim" e do "Chiclete com Banana". "A gente nunca se desencontrou, mas estávamos longe do que conhecemos como público. Eu propus para o Angeli que a gente se reconectasse para fazer alguma coisa. E elaborar uma dinâmica diferente, que acabou sendo essa revista/livro".
Filho de Laerte, Rafael Coutinho explicou que a casa não funcionou como um reality show e que foi pensado em um formato mais criativo. "Tinha um esforço de objetivo para não tornar um 'BBB' dos quadrinhos. Fizemos vídeos mais artísticos para mostrar eles trabalhando, e não apenas bebendo e batendo papo".
Para explicar o nome da revista, Laerte mostrou o humor ácido marcante. "Tudo que tem c* na língua portuguesa começa a afunilar. O baiacu é um peixe intrigante, porque ele infla, parece agressivo e é venenoso. E tem a historia do ritual de acasalamento do baiacu, ele faz no fundo da areia, onde ele desenha uma mandala. Ele faz isso para se dar bem. E também porque esse nome estava disponível para um livro", riu a artista.
"Nós estamos em um momento único nos quadrinhos brasileiro, um processo de expansão. E uma ideia assim, que junte tanta gente em um experimento, nunca aconteceu. É importante manter uma crítica sempre", concluiu Rafael.
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