Após petição, museu de NY defende obra "sexualmente sugestiva" de Balthus
O Metropolitan Museum of Art, um dos principais museus de Nova York e do mundo, precisou entrar ação e responder a uma polêmica envolvendo uma das obras que dispõe ao público. Um quadro de Balthasar Klossowski, mais conhecido como Balthus, motivou a criação de uma petição para sua retirada, sob acusação de expor a imagem de uma garota inadequadamente.
O quadro, intitulado “Thérèse Dreaming”, de 1938, mostra uma garota numa posição relaxada. Com as pernas abertas, sua calcinha é visível, e a acusação é de que o quadro é “sexualmente sugestivo”.
Uma petição foi criada e assinada por 9.400 pessoas até a manhã desta quarta-feira, fazendo o museu se pronunciar e defender a obra.
A petição afirma que “dado o atual clima sobre abuso sexual, com alegações vindo a público dia a dia, ao mostrar essa obra para as massas, o Met está romantizando o voyeurismo e a objetificação de uma criança”.
O chefe de comunicação do museu, Ken Weine, foi quem se pronunciou. “Momentos como esse oferecem a oportunidade de conversar, e as artes visuais são uma das maneiras mais significativas de refletir sobre o passado e o presente, encorajando uma evolução contínua da cultura existente, por meio de debates bem informados e respeito pela expressão da criatividade”, disse ele, segundo o The New York Times.
Para a autora da petição, Mia Merrill, não é uma questão de censura. “A objetificação e a sexualização de uma criança são o limite”, afirmou ela, ao jornal.
"Thérèse Dreaming" não é o único quadro de Balthus, artista que morreu em 2001, a causar polêmica. Ele costumava pintar garotas, e foi criticado por quadros como “Girl with a Cat”, com uma garota em pose semelhante ao de Thérèse, e “Young Girl in a White Shirt” em que a modelo, possivelmente adolescente, está com os seios expostos.
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