Na TV e no cinema: Relembre as icônicas mulheres das obras de Jorge Amado
Um dos maiores escritores do Brasil, Jorge Amado completaria 105 anos nesta quinta-feira (09). Para relembrar a clássica bilbiografia do autor, o UOL selecionou as personagens mais marcantes que saíram da mente criativa do baiano e foram sucesso nas telonas e na televisão.
Gabriela - "Gabriela, Cravo e Canela"
Fugindo da seca que castigava o sertão nordestino, Gabriela era um primor de beleza e sensualidade. Ao chegar na cidade de Ilhéus, na Bahia, a protagonista começou a trabalhar no bar de Nacib. Logo, a dupla se apaixona, principalmente pela dualidade meio bicho, meio mulher da musa que choca os puritanos da cidade e apaixona os homens de plantão.
"Vestia trapos, mas limpos, certamente os da trouxa. Um rasgão na saia mostrava um pedaço de coxa cor de canela, os seios subiam e desciam levemente ao ritmo do sono, o rosto sorridente".
Sônia Braga é a intérprete mais associada à personagem de Jorge Amado. A atriz foi a protagonista da telenovela "Gabriela" (1975) e depois do filme homônimo, que chegou aos cinemas em 1983. Uma nova adaptação para a televisão foi feita em 2012 com Juliana Paes no papel da sensual retirante.
Florípedes Paiva - "Dona Flor e Seus Dois Maridos"
Dona Flor é tão moderna no romance lançado em 1966 que virou referência no popular do brasileiro. Aproveita o erotismo e o fogo do boêmio Valdomiro enquanto se sente segura com o farmacêutico Teodoro.
"Pequena e rechonchuda, de uma gordura sem banhas, a cor bronzeada de cabo-verde, os lisos cabelos tão negros a ponto de parecerem azulados, olhos de requebro e os lábios grossos um tanto abertos sobre os dentes alvos".
O filme dirigido por Bruno Barreto chegou aos cinemas em 1976 novamente com Sônia Braga como a mulher principal do enredo. José Wilker era o assanhado Valdomiro enquanto Mauro Mendonça, o marido calmo.
Em 1998, Giulia Gam viveu a icônica mulher em uma minissérie da Globo baseada na obra do escritor baiano, tendo Edson Celulari e Marco Nanini como seus maridos. Uma nova adaptação, desta vez para o cinema, está prevista para chegar ainda este ano com Juliana Paes, Marcelo Faria e Leandro Hassum.
Tereza Batista - "Tereza Batista Cansada de Guerra"
A trágica personagem do livro lançado em 1972 foi vendida pela própria tia, aos 13 anos, e virou escrava sexual de um malvado fazendeiro. Tereza se apaixona por Daniel e consegue escapar do cárcere e viver uma vida cheia de obstáculos e amores, se transformando em uma heroína de Jorge Amado.
"Por que então a chamaram de Tereza boa de briga? Pois, meu compadre exatamente por ser boa de briga, igual a ela não houve em valentia e altivez, nem coração tão de mel. Tinha aversão a badernas, nunca promoveu arruaças mas, decerto pelo sucedido em menina, não tolerava ver homem bater em mulher".
A minissérie "Tereza Batista" estreou na Globo em 1992 como Patrícia França como protagonista e Herson Capri na pelo do temido capitão.
Tieta - "Tieta do Agreste"
Tieta se mostrava namoradeira desde nova e seu pai não gostou nada disso, expulsando-a de casa. Após 25 anos, a protagonista volta à cidade de Sant'Ana do Agreste, agora rica e poderosa, um retrato dos migrantes que conquistam seu espaço fora da terra natal e que retornam com histórias para contar.
"Desde menina eu nunca gostei de bode novo, pra mim, bode bom de cabra é aquele que tem idade e experiência".
Betty Faria viveu a marcante personagem na Novela "Tieta", em 1989. Já em 1996, novamente ela, Sônia Braga, entrou no universo de Jorge Amado para estrelar o filme homônimo dirigido por Cacá Diegues.
Dora - "Capitães da Areia"
Ela foi a única que conseguiu domar Pedro Bala. Órfã após os pais morrerem de varíola, Dora é uma das personagens mais marcantes do livro de 1937 sobre um grupo de crianças e adolescentes que tentavam sobreviver nas ruas de Salvador.
“Apesar de não ser noite de lua, havia um romântico romance no casarão colonial. Ela sorria e baixava os olhos, por vezes piscava com um olho porque pensava que isto era namorar. E seu coração batia rápido quando o olhava. Não sabia que isso era amor".
"Capitães da Areia" virou um filme americano obscuro no início da década de 1970, minissérie na Rede Bandeirantes em 1989 e um filme lançado em 2011, em que a jovem Ana Graciela interpreta a menina.
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