Mulher-Maravilha perde cargo de embaixadora da ONU após protestos
A Mulher-Maravilha perderá o título de embaixadora de ONU (Organização das Nações Unidas) apenas dois meses depois de ser nomeada ao cargo, informou uma porta-voz da organização ao jornal "The Guardian". O anúncio oficial deve ser feito nesta sexta-feira (16).
A escolha da heroína dos quadrinhos para o posto gerou muitos protestos desde outubro. Assinada por quase 45 mil pessoas, uma petição online dizia que "embora os criadores possam ter pretendido criar uma mulher guerreira e independente, a realidade é que a personagem é uma mulher branca, de proporções impossíveis num maiô".
Dezenas de funcionários da ONU protestaram no dia da nomeação da personagem para o cargo, que contou com a presença de Diane Nelson, presidente da DC Entertainment, a nova mulher-maravilha Gal Gadot e a heroína da série dos anos 1970 Linda Carter.
A ONU não divulgou mais informações, mas o porta-voz Jeffrey Brez disse que campanhas que usam personagens de ficção muitas vezes não duram mais do que alguns meses.
A DC, no entanto, disse em comunicado que estava satisfeita com a exposição da personagem para estimular a igualdade de gênero, assim como elevar a conversa global sobre empoderamento feminino.
A Mulher-Maravilha foi criada nos anos 1940 por uma mensagem muito clara sobre igualdade de gênero. A ideia dele era de que a princesa Diana representasse uma mulher forte, capaz de governar uma nação. Ao longo das décadas, ela passou por muitas transformações, incluindo a perda de poderes nos anos 1960.
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