Feira literária leva oficinas gratuitas e grandes autores ao centro do Rio
Debates com nomes de peso da literatura brasileira, oficinas de escrita, exposições interativas e saraus, com acesso gratuito gratuito, num dos mais novos points do rio. Essa é a proposta da feira literária LER, que acontece a partir desta quinta-feira (24), no Boulevard Olímpico, e se estende até o próximo domingo, sempre das 10h às 21h.
A expectativa do evento é de reunir um público de 80 mil pessoas. A programação conta com autores como Luis Fernando Verissimo, Vanessa da Mata, Marcelo Rubens Paiva, Alberto Mussa, Paulo Lins, Mary Del Priore, Gregório Duvivier e Heloísa Seixas, entre outros.
"O conceito é de que o livro é a festa. Todo mundo é convidado. E a gente tentou respeitar a diversidade, a variedade. Vamos ter literatura para vários públicos, jovens, geek, crianças, poesia. Queremos a mistura de espaços, que a pessoa que vá para o evento de Convenção Jedi se sensibilize com a declamação de uma poesia ou a leitura de romance. A gente tem a utopia de que entre um visitante e saia um autor, porque também vamos dar oficinas e mostrar como é possível publicar um ebook independente", afirma o curador Julio Silveira.
Segundo Silveira, a diversidade vai dar o tom dos debates. Duas mesas, por exemplo, vão tratar de gênero e sexualidade: Thammy Miranda, com o livro "Nadando contra a corrente", e Amara Moira, com "E se eu fosse puta".
"Temos um autor trans, uma autora travesti, outro indígena, e sem nenhuma condescendência. Eles não estão lá por isso, mas por terem histórias para contar. Queríamos contemplar a variedade de etnias, de classes sociais, de sexualidade. Nessa época em que todo mundo está polarizado, ou é direita ou esquerda, ou é isso ou aquilo, criam-se fossos entre um e outro. A vida é mais complexa, existem muitos pontos de vista. Se a gente não ouvir o outro vai continuar na nossa bolha, e a gente quer potencializar a força do livro de gerar novas ideias", analisa.
Temos um autor trans, uma autora travesti, outro indígena, e sem nenhuma condescendência. Eles não estão lá por isso, mas por terem histórias para contar.
Júlio Silveira, curador da LER
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