Joselia Aguiar é a nova curadora da Flip e segunda mulher a ocupar o posto
A jornalista baiana radicada em São Paulo Joselia Aguiar foi anunciada nesta sexta-feira (7) como a nova curadora da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty). Ela assume a edição de 2017 - que ainda não tem data - e substitui Paulo Werneck, curador de 2014 a 2016.
Joselia é a segunda mulher a ocupar o principal posto da festa literária que acontece anualmente em Paraty (RJ). Antes, apenas Ruth Lanna havia sido curadora, ao lado de outros sete nomes masculinos.
Ruth Lanna foi também a responsável por levar Joselia como convidada pela primeira vez a Flip em 2006, quando participou da mesa que debatia o homenageado daquele ano, Jorge Amado. A jornalista, que agora assume a curadoria do evento, está preparando uma biografia do escritor baiano para o ano que vem.
Nascida em Salvador, Joselia Aguiar vive há 20 anos em São Paulo e há 12 escreve sobre literatura, mercado editorial e políticas públicas para a promoção da leitura no Brasil em veículos como os jornais Folha de S.Paulo e Valor Econômico.
Para a 15ª edição do principal evento literário do país, a curadora pretende "valorizar a experiência de estar em Paraty, fortalecer sua dimensão literária e reforçar o diálogo com outras artes, uma marca sua desde a primeira edição."
Em nota, Mauro Munhoz, diretor-geral da Flip, afirma que "a escolha de Joselia Aguiar como curadora da Flip se deu pela sua afinidade com o projeto Flip na busca de criar uma experiência que una a literatura com o território."
Seguindo com o projeto que acontece desde 2015, o site da Flip terá uma área para receber sugestões para a programação principal do evento, que deverão ser enviadas até 15 de fevereiro.
Em 2016, a Flip aconteceu entre 29 de junho e 3 de julho. Embora o evento sempre ocorra neste período, a data oficial para 2017 ainda não foi anunciada.
Mulheres cada vez mais presentes
A escolha da homenageada da última edição da Flip já apontava uma abertura maior às mulheres no evento. Ana Cristina Cesar, mais conhecida como Ana C., foi a segunda homenageada em 14 edições da festa. Antes da poeta carioca, apenas a escritora Clarice Lispector havia sido homenageada, em 2005.
A escolha de Ana C., no entanto, não agradou alguns críticos e frequentadores, que destacaram que a poeta não estava à altura de homenageados em edições passadas, como Guimarães Rosa, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade. Muitos frequentadores também não conheciam a obra da homenageada.
O número de escritoras convidadas para a 14ª Flip, em 2016, também foi o maior da história do evento desde a sua criação, em 2003. Só no palco principal foram 17 autoras convidadas.
A jornalista bielorrussa Svetlana Aleksiévitch, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2015 e autora de Vozes de Chernobyl, foi a principal autora na programação deste ano.
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