Ancine: Valor triplica em 7 anos e audiovisual gera R$ 24,5 bi à economia
A Ancine (Agência Nacional do Cinema) divulgou nesta sexta-feira (7) o resultado de dois estudos que apontam o crescimento do setor audiovisual nos últimos anos.
O primeiro deles traz uma atualização do Estudo sobre Valor Adicionado pelo Setor Brasileiro, que é feito anualmente. Com base em dados recém-divulgados pelo IBGE, constatou-se que as atividades econômicas do setor audiovisual foram diretamente responsáveis por uma geração de renda de R$ 24,5 bilhões na economia em 2014, contra R$ 8,7 bilhões sete anos antes, em 2007.
Para se chegar a este valor, foram consideradas 11 atividades do setor, entre elas produções de cinema, vídeos e programas de TV, pós-produção, distribuição e exibição e aluguel e comércio de fitas de vídeo, DVD e similares.
Ainda neste primeiro balanço, revelou-se uma tendência no aumento da participação no segmento da TV paga em relação à TV aberta, já que a primeira segue ganhando espaço.
Argentina e Alemanha compram mais
O segundo estudo apresenta uma análise inédita sobre comércio exterior de serviços audiovisuais no Brasil. O país ainda importa muito mais conteúdo do que exporta, sendo a principal fonte os Estados Unidos. Um ponto positivo revelado no balanço, porém, é que Argentina, Alemanha, Portugal e Suíça são países que compraram mais conteúdo do que venderam para o Brasil em 2014 e 2015.
Em 2015, o Brasil exportou US$ 154,8 milhões e importou US$ 1,6 bilhão em serviços audiovisuais, revelando um déficit de US$ 1,44 bilhão. Apesar do alto déficit, entre 2014 e 2015 o volume de vendas do Brasil mais que dobrou (crescimento de 110,1%) enquanto as aquisições permaneceram praticamente estáveis (crescimento de 2,9%).
"A informação de que o Brasil importou US$ 1,1 bilhão em licenciamento de direitos de conteúdos audiovisuais (contra a exportação de apenas US$ 81 milhões) confirma a necessidade de seguir investindo em mais filmes e séries brasileiras para ocupar o mercado interno e aumentar as vendas para o exterior”, comenta o diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel.
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