Imagens da Guerra Civil Espanhola que mudaram o fotojornalismo chegam a SP
Em 2007, na Cidade do México, foi encontrada uma misteriosa valise desaparecida desde 1939. Dentro dela havia um dos arquivos mais preciosos da fotografia contemporânea no século passado: 4.500 negativos que registravam a cobertura da Guerra Civil Espanhola feita por Robert Capa, Gerda Taro e David “Chim” Seymour. Parte destas imagens chegam agora ao Brasil, 80 anos depois do fim do conflito, após percorrerem outros cinco países.
Entregues ao International Center of Photography (ICP), instituição criada pelo irmão de Capa, Cornell, para conservar a história dos grandes fotógrafos do século passado, as fotos foram reunidas na exposição “A Valise Mexicana: a redescoberta dos negativos da Guerra Civil Espanhol de Capa, Taro e Chim” e expostas pela primeira vez em Nova York, em 2010. Inédito no Brasil, fica em cartaz na Caixa Cultural São Paulo até 02 de setembro.
As imagens revelam não apenas a primeira cobertura de guerra de Robert Capa (1913-1954), mas também um registro único de um trabalho de campo que mudou a história do fotojornalismo. A cobertura realizada no front por Capa, Gerda Taro e David “Chim” Seymour não apenas permitiu conhecer as atrocidades dos campos de batalha, mas estabeleceram as bases da fotografia de guerra contemporânea.
O público poderá compreender como a guerra influenciou o curso da história europeia. As fotos registram sequências de batalhas, retratos de personalidades, mas também de pessoas comuns e o devastador efeito da guerra na sociedade espanhola.
Sobre os autores
A cobertura da Guerra Civil Espanhola foi o primeiro trabalho de guerra feito por Robert Capa, que seria reconhecido como um dos grandes fotojornalistas do século 20. Nascido em 1913, na Hungria, "Endre Ernö Friedmann", seu nome verdadeiro, deixou o país devido a perseguições políticas. Em 1933 foi para Paris, onde conheceria seus companheiros, Chim e Taro. Quando começou a publicar o material da guerra na Espanha, no final daquela década, o impacto das imagens foi tão impressionante que rapidamente foi reconhecido. Anos depois, seria um dos fundadores da respeitada agência Magnum, ao lado de Henri Cartier-Bresson.
Chim também era um imigrante em Paris quando tornou-se fotógrafo e conheceu Capa, em 1933. Polonês, o seu nome verdadeiro era Dawid Szymin. Ficou famoso com fotografias marcantes de ocorrências policiais. Alemã, o nome verdadeiro de Gerta Taro era Gerta Pohorylle. Ela também mudou-se para Paris em 1933. Pode-se dizer que Taro foi a primeira mulher a ser reconhecida como fotojornalista, mas ela teve uma carreira curta. Taro morreu no front, atingida por um tanque de guerra, enquanto cobria a Batalha de Brunete, nas proximidades de Madri.
Serviço
“A Valise Mexicana: a redescoberta dos negativos da Guerra Civil Espanhola de Capa, Taro e Chim”
Quando: de 23 de julho a 02 de outubro de 2016
Onde: Caixa Cultural São Paulo (Praça da Sé, 111 – Centro)
Quanto: entrada gratuita
Mais informações: (11) 3321-4400
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