Marvel anuncia novo "Homem de Ferro" nos quadrinhos: uma mulher negra
A Marvel acaba de confirmar: haverá um novo Homem de Ferro nos quadrinhos, e será uma mulher negra.
A substituta do empresário bilionário Tony Stark se chama Riri Williams e estará em uma nova série de HQ, que dará continuação aos eventos de "Guerra Civil 2" nos quadrinhos.
Riri é descrita como um "gênio da ciência que entrou no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) aos 15 anos" e que criou sozinha uma armadura baseada no antigo modelo de Stark. Ela já havia aparecido em um número de "Invincible Iron Man", lançado em maio.
Em entrevista à revista "Time", o roteirista Brian Michael Bendis, criador de Riri Williams, explicou que a personagem surgiu "de maneira orgânica". "É inspirada no mundo ao meu redor e que não é suficientemente representado na cultura popular", afirmou.
Bendis contou que gostaria que a nova personagem surgisse do "caos e violência" da atualidade. "Foi assim que nasceu a história desta jovem e brilhante mulher, cuja vida foi marcada pela tragédia, e que poderia facilmente ter sua vida abreviada pela violência aleatória da rua, mas que foi à faculdade e foi muito inspiradora para mim", explicou à revista. "Eu pensei que era a versão mais moderna de uma história de super-herói que eu poderia ouvir".
Representatividade
O roteirista afirmou que está ciente da reclamação de uma parcela de fãs da Marvel em relação à diversidade dos personagens. "Há fãs que dizem 'mostrem coisas novas' e há fãs que dizem 'não faça nada diferente do que tinha quando eu era criança'. Então, quando você apresenta novos personagens, sempre terá gente paranoica a respeito do fato de você estar arruinando a infância delas".
"Eu não acho que as pessoas percebem o quão racistas elas soam [...] Eu não estou dizendo que quem critica é racista, mas se alguém escreve algo como 'por que nós precisamos de Riri Williams se já temos o Miles?', soa estranho. São indivíduos, como Capitão América e Ciclópes são diferentes", defendeu.
O roteirista, no entanto, realça que as mudanças vêm ao encontro com um público sedento por representação. "Havia parte de uma audiência que se rastejava através do deserto à procura de um oásis quando se tratava de representação, e agora que ele está aqui, você entra online e é saudado com esta onda de amor".
Um dos artistas que trabalharam com Bendis foi Mike Deodato, nome artístico do desenhista paraibano Deodato Taumaturgo Borges Filho, que já assinou HQs do Homem-Aranha, Hulk e Vingadores, entre outros.
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Parece que o pessoal não lê a matéria: Tom Stark não mudou de sexo. A nova heroína é uma espécie de discípula do Stark, tendo inclusive criado sua armadura à partir da dele
Que coisa mais ridicula. Se quer representar todas as pessoas de todas as etnias e generos, que criem personagens novos, divertidos e poderosos. Em vez disso alteram o sexo do heroi como se estivesse trocando o uniforme. Um super heroi classico como Homem de Ferro nao pode ter sua historia simplesmente apagada ou do nada ele sair do armário e virar mulher e mudar de etnia. Isso não tem nada de querer atender a diversidade, é apenas marketing e dinheiro. Como justificar a historia do filho de um cientista que se torna cientista e super heroi e depois vira mulher? Da mesma forma que justificariam que a Mulher Maravilha, uma amazona da antiguidade de uma revista pra outra transformaria num lutador de MMA. Isso não é querer inovar e ser politicamente correto, porque um homem nao precisa virar mulher nem mudar de cor pra ser politicamente correto e vice versa. Isso é ganancia por dinheiro, e falta de respeito com o leitor.