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Câmara de SP instala CPI do Theatro Municipal para apurar desvios de verba

13.mai.2013 - Em imagem com técnica de longa exposição, o Theatro Municipal de São Paulo recebe iluminação especial. Um concerto marcou a abertura do ano da Alemanha no Brasil. Além do azul, também foram acesas luzes com as cores da bandeira alemã - amarelo, vermelho e preto - e do Brasil - Gabriela Biló/Futura Press
13.mai.2013 - Em imagem com técnica de longa exposição, o Theatro Municipal de São Paulo recebe iluminação especial. Um concerto marcou a abertura do ano da Alemanha no Brasil. Além do azul, também foram acesas luzes com as cores da bandeira alemã - amarelo, vermelho e preto - e do Brasil Imagem: Gabriela Biló/Futura Press

Do UOL, em São Paulo*

09/06/2016 09h50

A Câmara de São Paulo instalou nesta quarta-feira (8) a CPI do Theatro Municipal, que vai apurar irregularidades nos contratos firmados pelo órgão entre 2013 e 2015, na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).

Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a comissão será presidida pelo vereador Quito Formiga (PSDB), autor do pedido de CPI, e terá o petista Alfredinho como relator.

No período em análise, o teatro foi comandado por José Luiz Herencia, investigado por superfaturar contratos e provocar prejuízo de R$ 18 milhões.

Réu confesso, ele fez acordo de delação premiada com a promotoria. Nas informações repassadas, ele implicou o secretário de Comunicação, Nunzio Briguglio, e o maestro John Neschling. Ambos negam as acusações. Segundo a Controladoria-Geral do Município, foi o maestro quem relatou ao órgão problemas na gestão de Herencia.

Desvio

De acordo com a investigação, o ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo teria ficado com R$ 6 milhões desviados da entidade --parte dos bens adquiridos com a corrupção estaria registrada em nome da mãe do ex-diretor e de sua ex-namorada.

Entre os contratos em investigação está um acordo firmado pela entidade para apresentação, no Municipal, de um grupo multimídia de Barcelona, em parceria com a Orquestra Sinfônica de São Paulo. O MPE investiga a razão de as primeiras parcelas referentes ao contrato de R$ 1 milhão começarem a ser pagas três meses antes da assinatura do acordo.

Com o andamento das investigações e seu afastamento do cargo -- por determinação do prefeito Haddad --, Herencia está com os bens bloqueados pela Justiça. Além de confessar os crimes, ele teria se comprometido a devolver ao erário público R$ 6 milhões desviados no esquema.

* Com informações da Agência Estado