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Confusão com senhas e atraso marcam encontro de Thalita Rebouças na Bienal

5.set.2015 - A escritora Thalita Rebouças durante bate-papo com os fãs na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro - Light Press
5.set.2015 - A escritora Thalita Rebouças durante bate-papo com os fãs na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro Imagem: Light Press

Rodrigo Casarin

Colaboração para o UOL, no Rio

05/09/2015 15h11

A conversa de Thalita Rebouças com seus fãs na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro estava programada para começar às 11h deste sábado (5). No entanto, quando o relógio marcou o horário, o Auditório Madureira, espaço para 420 pessoas, ainda estava às moscas. Algo bastante estranho para um evento com uma autora cuja obra já vendeu mais de 1,5 milhão de exemplares, com séries como "Fala Sério" e "Tudo por um...".

O motivo daquelas centenas de cadeiras desocupadas, no entanto, não era a escritora, mas um problema na distribuição de senhas para o evento. Como os portões da Bienal abriram às 10h, fãs de Thalita e de Julia Quinn – outra grande atração que se apresentaria às 11h – rapidamente se misturaram em uma só fila, complicando a entrega dos bilhetes. Com isso a organização precisou separá-los e reorganizá-los para que o fluxo da distribuição pudesse fluir normalmente. "Foi algo bem pontual, já está tudo resolvido, não irá acontecer nas outras mesas”, garantiu Tatiana Zaccaro, diretora da Fagga/GL, responsável pela organização da feira.

Aguardando pelos fãs que ainda tentavam conseguir um bilhete para entrar no auditório, Thalita subiu ao palco somente às 11h45, com cerca da metade do espaço ocupado, mas que aos poucos se encheu. Eram principalmente jovens e crianças que vieram até de Carambola, Minas Gerais, ou Vitória, capital do Espirito Santo, apenas para vê-la.

O papo

Na conversa Thalita lembrou do início de sua carreira, que está completando 15 anos. "No começo ninguém olhava pra mim, ficava no estande e ninguém me dava atenção", disse sobre a falta de pessoas em busca de seus autógrafos. "Agora eu chego, tem gente, tem pessoas fofas que gostam de mim e gritam meu nome", continuou.

A autora também está lançando “Fala Sério, Irmão”. Filha única, explicou que os leitores, com suas mensagens, que a ajudaram a entender como é a relação entre irmãos. A obra é o sétimo volume da série “Fala Sério”, responsável por levá-la à listas de best-sellers. "A primeira vez que vi meus livros na lista dos mais vendidos eu estava aqui na Bienal, aí comecei a chorar, abracei a minha editora, foi legal perceber que estava rolando".

Thalita também disse aos fãs não saber exatamente como, sendo adulta, consegue construir personagens adolescentes, simpáticos a jovens de 14, 15, 16 anos. “É maravilhoso escrever para vocês, o olhinho brilhante, o carinho que vocês me dão...”, disse, na sequência, referindo-se diretamente ao público presente.

Ao citar seus escritores favoritos, no entanto, Thalita abre mão do tom juvenil e elenca os brasileiros João Ubaldo Ribeiro, Fernando Sabino e Veríssimo (sem especificar se o pai, Érico, ou o filho, Luis Fernando), o português José Saramago e o peruano Mario Vargas Llosa.

Sobre os planos para que quatro de seus livros virem filmes, a autora reclamou da demora das produtoras na captação de dinheiro e execução dos planos. “Mas agora acho que vai rolar”, confiou. Já "Fala Sério, Mãe" deve seguir os mesmos passos de "Tudo Por um Pop Star" e virar peça de teatro em 2016.