Sylvia Day lança 3 romances na Bienal e diz criar até em salas de embarque
Uma das principais atrações do último final de semana da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a best-seller Sylvia Day está lançando três romances: “Obstinada”, “Desejada” e “Incontrolável”. São narrativas históricas que se passam na Londres da segunda metade do século 18 e começo do século 19 e, claro, apresentam o erotismo que a coloca como uma das principais escritoras do chamado “new adult”.
Com uma produção bastante intensa –para se ter uma ideia, entre 2006 e 2013 ela publicou 15 romances–, Day diz, em entrevista exclusiva ao UOL, escrever o que gostaria de ler, mas não sabe dizer exatamente como consegue dar conta de tanto trabalho. “Eu não tenho ideia [de como construo tantas narrativas]. As histórias simplesmente vêm. Viajo muito, vejo muitas pessoas, tudo me inspira diariamente”. Quando está em trânsito, Sylvia aproveita cada momento livre para criar, seja em hotéis, seja em aviões ou salas de embarque.
Sylvia se tornou uma presença constante nas listas de mais vendidos em diversos lugares do mundo. Já vendeu acima de 12 milhões de exemplares – sendo mais de 500 mil deles aqui no Brasil. Atualmente, causa apreensão nos fãs que aguardam os dois últimos livros da série “Crossfire” - da qual já foram publicados “Toda Sua”, “Profundamente Sua” e “Para Sempre Sua” -, a obra de maior sucesso da autora, impulsionada pelo barulho causado por “50 Tons de Cinza”, de E. L. James e a explosão dos “Soft Porns” no mercado editorial. A escritora garante que o quarto dos cinco livros sairá ainda este ano nos Estados Unidos, seu país natal.
Sobre suas referências literárias, conta, em primeira mão, que a obra preferida é “Shanna”, da conterrânea Kathleen Woodiwiss –escritora famosa pelos romances históricos- cujo título serviu de inspiração para o nome de sua filha, Shanna. Já no campo dos escritos eróticos, revela apreciar bastante os trabalhos de Nalini Singh (“Angel's Flight”), Shelby Reed (“The Fifth Favor”) e J. D. Robb (“Festive in Death”).
Pela terceira vez no Brasil, Sylvia autografa seus novos romances neste sábado (30), às 15h, no estande da Universo dos Livros, e espera ter uma recepção tão boa quanto a que teve quando esteve na Bienal do Livro do Rio de Janeiro, no ano passado, quando atraiu centenas de fãs ao Riocentro e viveu um momento que define como “maravilhoso”. Ela diz diz adorar os brasileiros. “São muito afetuosos e sempre me recebem com muito carinho e atenção”.
Outros destaques
Para quem for ao Pavilhão de Exposições do Anhembi, onde a Bienal acontece, vale prestar atenção também em outros destaques da programação. No sábado, a Arena Cultural recebe às 10h30 Ken Follet (“Os Pilares da Terra”) para um papo sobre “fatos e pontos de vista”, às 15h, Sally Gardner (“Coriandra”), às 18h, Maurício de Sousa, que falará sobre os 50 anos da “Turma da Mônica”, e às 20h, Eduardo Spohr (“A Batalha do Apocalipse”). Também ás 20h, no Salão de Ideias, Sebastião Salgado (“Gênesis”) falará sobre fotografia. No Espaço Imaginário, merecem atenção as oficinas de criação com os quadrinistas João Montanaro (“Cócegas no Raciocínio”), às 14h, e Gabriel Bá (“Daytripper”), às 18h. Para quem se interessa por blogs e novas tecnologias, Paula Pimenta (série “Fazendo meu Filme”), Raphael Montes (“Dias Perfeitos”) e Toni Brandão (“O Garoto Verde”) falarão sobre como essas ferramentas ajudam a desenvolver o hábito de leitura entre jovens na Escola do Livro, às 16h30.
Já no domingo, último dia do evento, a programação será mais enxuta. Às 11h, na Arena Cultural, Laurentino Gomes (“1808”) falará sobre a importância de estudar história e, às 15h, no mesmo ambiente, Thalita Rebouças (série “Fala Sério”) e Luiza Trigo (“Carnaval”) terão um “papo de garotas”. Por fim, às 16h, no Salão de Ideias, João Anzanello Carrascoza (“O Volume do Silêncio”), Ricardo Lísias (“Divórcio”) e Evandro Affonso Ferreira (“O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam”) conversam com Manuel da Costa Pinto sobre a “reinvenção da linguagem”.
Com o tema de “Diversão, cultura e interatividade: tudo junto e misturado”, a 23ª Bienal do Livro de São Paulo é um dos mais importantes do mercado livreiro e literário em toda a América Latina. Conta com 1500 horas de programação e mais de 400 atrações. Já passaram por lá nomes como Harlan Coben (“Confie em Mim”), Kiera Cass (“A Seleção”), Hugh Howey (“Silo”) e Cassandra Clare (“Os Instrumentos Mortais”).
Os ingressos para a Bienal, que dão acesso ao Pavilhão, custam entre R$6,00 e R$14,00 – dentro do espaço, toda a programação cultural é gratuita, sendo que os bilhetes para cada evento devem ser retirados com no mínimo 30 minutos de antecedência. O espaço conta com 300 expositores que representam 750 selos editoriais. A estimativa inicial era que, ao longo dos dez dias, passassem pelo lugar mais de 700 mil visitantes, que, para chegarem ao Anhembi, podem utilizar ônibus gratuitos que saem das estações de metrô do Tietê e da Barra Funda (desta segunda, apenas nos finais de semana). Toda a programação oficial pode ser conferida no site www.bienaldolivrosp.com.br.
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