Museu do Rio exibe pela primeira vez obras de Portinari doadas pela Finep
Os visitantes do Museu Nacional de Belas Artes já podem conhecer boa parte da coleção de obras de Candido Portinari, doadas em janeiro passado à instituição pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O acervo, com 222 itens entre pinturas, desenhos e gravuras, fez do Belas Artes o museu brasileiro com mais trabalhos do pintor, nascido em 1903, na cidade paulista de Brodowski, e que morreu no Rio de Janeiro, em 1962.
Depois de passarem por um processo de restauração, 65 das 222 obras integram a exposição Candido Portinari Doação Finep, aberta na terça-feira (1º) para convidados. A mostra foi montada em núcleos temáticos --retratos, social, religioso e ilustração-- refletindo a diversidade da produção de Portinari.
No tema religioso, por exemplo, são exibidos estudos e desenhos para os murais que o artista executou na Igreja de São Francisco de Assis, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na Pampulha, em Belo Horizonte (MG). Os trabalhos para os ciclos econômicos dos painéis do Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, se inserem na temática social, enquanto no núcleo ilustração se destacam os trabalhos para livros de Machado de Assis, como "Memórias Póstumas de Brás Cubas" e "O Alienista".
"A mostra representa a doação à sociedade de um conjunto de obras que nunca foram expostas", comemora a diretora do museu, Mônica Xexéo. Parceira do Projeto Portinari, criado pelo filho do pintor, João Candido Portinari, para a catalogação da obra do pai, a Finep era detentora das 222 obras, cedidas pelo projeto como pagamento dos recursos fornecidos para a pesquisa.
Por considerar o museu o lugar certo para expor as obras, a Finep formalizou a doação no início deste ano, no mesmo dia --13 de janeiro-- em que o museu comemorou 77 anos de criação. O museu, que há décadas possui em seu acervo a tela "Café" (1935), entre outras obras de Portinari, já havia recebido em 2013 as doações de "A Primeira Missa no Brasil" (1948), adquirida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) por R$ 5 milhões, e as quatro telas do artista que decoravam a Capela Mayrink, na Floresta da Tijuca.
A abertura da exposição ocorreu um dia depois de o museu ter recebido outra doação: um lote de 17 obras de arte contemporânea, brasileira e internacional, apreendidas pela Receita Federal, por terem dado entrada no país de forma irregular, em dois contêineres procedentes dos Estados Unidos. O conjunto de obras está avaliado em R$ 10 milhões.
A exposição Candido Portinari Doação Finep fica em cartaz até novembro, e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h. A entrada é franca, e o Museu Nacional de Belas Artes fica na Avenida Rio Branco, 199, na Cinelândia, centro do Rio.
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