Casarão tombado na avenida Paulista vai virar Museu da Diversidade Sexual
Um dos poucos casarões remanescentes na avenida Paulista, em São Paulo, localizado no número 1.919, será transformado em Museu da Diversidade Sexual.
A notícia foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva durante a Parada LGBT, neste domingo (4).
Conhecido como Casarão Franco de Mello, o imóvel é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e estava sem a manutenção necessária nos últimos anos, servindo como espaço para eventos esporádicos, de feiras de adoção de animais a pré-estreia de filme de terror.
Vizinho do parque Mário Covas, o imóvel possui 600 metros quadrados de área construída e terreno com total de 2,7 mil metros quadrados. Assim como a Casa das Rosas, o casarão construído em 1905 e ampliado em 1921 é um dos últimos remanescentes da primeira ocupação da avenida Paulista, no início do século 20.
"A decisão valoriza o Museu da Diversidade, que ganhará mais espaço físico para o desenvolvimento de suas atividades em um endereço que é significativo para o tema, já que a Avenida Paulista sempre foi parte do percurso da Parada LGBT", afirma o secretário de Estado da Cultura, Marcelo Mattos Araujo.
A ação de desapropriação indireta ainda não foi concluída e o governo aguarda decisão judicial de imissão na posse para dar início ao restauro e, posteriormente, à implantação do museu.
Segundo o governo, em função da natureza e da localização do imóvel, o museu também terá uma seção dedicada à preservação da memória da casa e do histórico de ocupação da avenida Paulista, de moradia da elite cafeeira a espaço de manifestações populares.
Criado em 2012, o Museu da Diversidade Sexual recebeu cerca de 35 mil visitantes em 2013, em espaço expositivo na estação República do metrô, que será mantido. A casa histórica servirá como sede principal, para ampliar as ações culturais e e de preservação, estudo e difusão da memória da população LGBT.
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