Para espantar crise, Cinemateca recebe peça de Du Moscovis e cria conselho
Desde que assumiu a direção da Cinemateca Brasileira, em novembro do ano passado, o novo diretor Lisandro Nogueira se dedica a espantar a crise que paralisou as atividades da instituição por alguns meses e reduziu o quadro de funcionários em 80%.
A partir de sábado (5), ela abriga um tipo de evento inédito em seu espaço: o monólogo “O Livro”, estrelado por Du Moscovis. No foyer em frente à sala BNDES, 50 cadeiras formarão uma plateia para assistir à apresentação, de 45 minutos. Enquanto isso, as duas salas de cinema, a BNDES e a Petrobras, continuam com suas sessões normais.
“Estamos apenas cedendo o espaço para a performance. Tudo o que tiver a ver com imagem, com cinema, podemos fazer aqui”, afirma Nogueira. Mas ele descarta, por enquanto, transformar a Cinemateca em espaço permanente para peças e outras apresentações.
As mostras de cinema já retomam seu ritmo normal. No último dia 27, aproveitando o aniversário de 50 anos do golpe militar, começou o ciclo Imagens da Ditadura, com 25 filmes e três debates sobre o cinema produzido sobre o período. Para os próximos meses, estão previstas uma mostra sobre cinema e gastronomia, outra dedicada ao cinema português contemporâneo e outra com curtas do diretor Karim Ainouz, de “Madame Satã” e “Praia do Futuro”.
Festivais tradicionais, como a Mostra Internacional de Cinema e o Festival de Curtas, continuam a ter sessões lá. Nogueira também negocia com a TV Cultura para que ali sejam rodados programas que debaterão as linguagens do cinema, da TV e do vídeo.
Crise
Em fevereiro de 2013, o convênio do governo com a Cinemateca foi suspenso depois que a Controladoria Geral da União (CGU) apontou irregularidades nas contas da Sociedade Amigos da Cinemateca (SAC), que geria a instituição. Agora, Nogueira anuncia que foi criado um grupo de trabalho para estudar um novo modelo institucional para gerir a Cinemateca, dos quais fazem parte o pesquisador Ismail Xavier e Carlos Augusto Calil, ex-secretário municipal de Cultura.
Como já havia anunciado a ministra da Cultura, Marta Suplicy, o modelo mais provável a ser adotado e estudado é o da OS (Organização Social), no qual uma entidade privada faz um contrato de gestão com o governo e tem autonomia administrativa.
O número de funcionários, que era de 132 em janeiro de 2012 e chegou a 28 em fevereiro, hoje está em 40. “Mas estamos em processo para aumentar os nossos quadros, e vamos partir para uma outra etapa de contratação”, diz o diretor.
Serviço
O LIVRO
Quando: de 5 de abril a 1º de junho (nos dia 10 e 11/5 não haverá espetáculo); sábados, às 20h e 22h; domingos, às 19h
Onde: Cinemateca Brasileira - largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Mariana, São Paulo
Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Informações: 0/xx/11/94278-6973
Classificação indicativa: 12 anos
Lotação: 80 pessoas
Duração: 50 minutos
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