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Escritores de 81 países assinam documento contra espionagem digital

O poeta sueco Tomas Tranströmer, Nobel de Literatura de 2011, um dos escritores participantes da campanha - Maja Suslin/Scanpix/Reuters
O poeta sueco Tomas Tranströmer, Nobel de Literatura de 2011, um dos escritores participantes da campanha Imagem: Maja Suslin/Scanpix/Reuters

Do UOL, em São Paulo

10/12/2013 03h34

Mais de 500 dos principais escritores do mundo - incluindo cinco vencedores do Nobel de Literatura - declararam na madrugada desta terça-feira (10) seu apoio a uma campanha contra a espionagem digital por países e corporações, em resposta às denúncias feitas pelo ex-agente da CIA Edward Snowden.

Entre os escritores da campanha Writers Against Mass Surveillance estão Arundhati Roy, Don DeLillo, Ian McEwan, Tom Stoppard, Margaret Atwood, Martin Amis, Orhan Pamuk, J.M. Coetzee, Elfriede Jelinek, Günter Grass e Tomas Tranströmer.

"A vigilância viola a esfera privada e compromete a liberdade de pensamento e opinião", diz o texto assinado por autores de 81 países. "Como vemos, esse poder está sendo abusado sistematicamente".

O grupo pede que a Organização das Nações Unidas crie um estatuto internacional para assegurar a proteção aos direitos civis na era da internet. O apelo vem um dia após a divulgação de uma carta aberta de grandes empresas de tecnologia como Apple, Google e Microsoft ao presidente dos EUA Barack Obama, pedindo mudanças na política de vigilância digital

"Uma pessoa vigiada não é mais livre; uma sociedade vigiada não é mais uma democracia. Para manter qualquer validade, nossos direitos democráticos devem ser aplicados no espaço virtual, tanto quanto real", conclui o texto da campanha Writers Against Mass Surveillance.