Autora de Bridget Jones "entrevista" personagem para jornal britânico
Em entrevista, Bridget Jones evita falar da morte de seu marido, Mark Darcy, e deixa transparecer que, aos 51 anos, não lida muito bem com a ideia de já integrar a chamada meia-idade. Algo estranho? É que o tabloide britânico “Daily Mail” publicou um bate-papo fictício e divertido realizado pela autora da saga, Helen Fielding, com a personagem que ela própria criou nos anos 1990 e que foi tema de dois livros muito bem sucedidos internacionalmente: “O Diário de Bridget Jones” e “Bridget Jones: No Limite da Razão”. No próximo dia 30, chega ao mercado brasileiro pela Companhia das Letras o terceiro livro da série, "Louca Pelo Garoto".
Como já havia sido divulgado anteriormente, no novo livro a protagonista revela em seu diário que Darcy --seu marido e pai de seus dois filhos-- morreu cinco anos antes daquele momento em que a história está sendo contada. Na entrevista com Fielding, Bridget se mostra desconfortável com a pergunta acerca de sua vida como viúva, mas conta que aprendeu a seguir em frente. “Bem, já faz um tempo”, conta. “Por quase cinco anos eu praticamente me tornei virgem de novo! Mas meus amigos ficavam sempre falando que eu precisava seguir em frente. Era bastante... difícil. Por um período, me atirei nos livros de autoajuda sobre relacionamentos.”
O bate-papo por telefone é constantemente interrompido pela interação dela com seus dois filhos que estão na casa --coisa que Bridget sempre criticou nos amigos casados--, e um dos momentos mais engraçados é a objeção dela em ser inserida na categoria de “meia-idade”. “Bem, você hoje tem 51 anos. Não gosta que falem que agora está na meia-idade?”, pergunta Helen Fielding. “É um termo horrível e ultrapassado! Há uma ideia ridícula de que homens não têm prazo de validade sexual e mulheres, sim. É só olhar ao redor. As mulheres [nessa idade] estão aí com tudo em cima e com muita coisa acontecendo em suas vidas. Olha a Julianne Moore e a Kim Cattrall”, argumenta.
Série Bridget Jones
No novo livro, mãe de Mabel e Billy, Bridget mantém um relacionamento com um rapaz de 30 anos chamado Roxster, reclama com relação ao fato de não ter seguidores no Twitter e fala sobre os perigos de enviar mensagens às pessoas embriagada.
O primeiro livro da série, "O Diário de Bridget Jones", foi publicado em 1996, com uma sequência, “Bridget Jones: No Limite da Razão”, publicada três anos depois. Escritos na forma de diário pessoal, os romances contam a história de uma mulher solteira de 30 e poucos anos que mora e trabalha em Londres.
Em 2001, uma adaptação para o cinema foi lançada, com a atriz americana Renee Zellweger no papel principal, Hugh Grant como o mulherengo Daniel Cleaver e Colin Firth como Darcy. A adaptação do segundo livro da série foi lançada em 2004.
Crítica
Em resenha sobre "Louca Pelo Garoto", o jornal britânico “Guardian” destaca as diferentes épocas que separam os dois primeiros livros do terceiro como pontos mais marcantes dentro da nova trajetória de Bridget. E que nos dias de hoje, com mensagens de celular e redes sociais, as possibilidades de constrangimento acabam sendo muito maiores -- o que insere a desastrada personagem em um terreno fértil para suas trapalhadas nos relacionamentos. Porém, tendo um passado doloroso em especial pela morte do marido e pela necessidade de recomeçar a vida, o jornal avalia na obra certo sentimentalismo na forma de tratar assuntos como amor, sexo e solidão – com o tom jocoso e alegre característico direcionado apenas a tema relacionados à criação dos filhos enquanto mãe solteira.
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