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"Cleyde era motivo de estudo para a minha geração", diz Vera Holtz; veja repercussão

Do UOL, em São Paulo

15/04/2013 21h30

A atriz Cleyde Yáconis morreu na tarde desta segunda (15), em São Paulo, aos 89 anos. Ela estava internada desde 29 de março no hospital Sírio Libanês, na capital paulista, após sofrer uma isquemia em outubro de 2012. Uma de suas últimas aparições na TV foi na novela "Passione" (2010), da Rede Globo, como a rabugenta Brígida Gouveia.

A morte da atriz repercutiu entre artistas que trabalharam com ela ou apenas conheceram seu trabalho.

Vera Holtz, que estave no elenco de "Passione", disse ao UOL que tinha Cleyde como baliza. "A Cleyde era motivo de estudo para a minha geração, ela e a irmã, Cacilda". "Quando você tem uma atriz mais longeva em uma novela, você tem um triângulo perfeito, porque todo o elenco se espelha nela. E a Cleyde era essa baliza, eu gostava de ter ela como referência", afirmou.

O ator Elias Gleizer – último a trabalhar com Cleyde Yáconis em "Passione", trama exibida na Globo em 2010--, afirmou ter ficado sem fala ao saber da notícia e disse que Cleyde vai deixar o exemplo de "uma mulher de fibra, corajosa, excepcional e de ótimo caráter".

Aracy Balabanian chorou ao falar ao UOL sobre a amiga, com quem contracenou pela última vez em "Passione", trama exibida em 2010 na Globo. "Ela era minha melhor amiga, minha colega de mil anos", afirmou.

Veja o que os artistas falaram sobre Cleyde Yáconis:

"Ela foi uma companheira de muitos e muitos anos. Nossa amizade é desde o TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), é fora de série" - Elias Gleizer, ator, por telefone

"Ela era minha melhor amiga, minha colega de mil anos. Não tenho nada a declarar. Eu a amo. É a melhor atriz que o Brasil já conheceu" - Aracy Balabanian, atriz, por telefone

"É uma perda absoluta. Acabo de saber pela Lidiane [mulher do ator]. Estou trabalhando, gravando uma externa da novela. Perdemos uma das grandes atrizes desse país. A Cleyde era uma querida companheira, uma atriz surpreendente. Fica uma saudade imensa, um vazio muito grande" - Tony Ramos, ator, por telefone

"A Cleyde era motivo de estudo para a minha geração, ela e a irmã, Cacilda. Sempre a primeira visão que eu tinha das duas era uma dupla de atrizes muito importantes no panorama do teatro brasileiro. Depois, eu vim a conhecer a Cleyde e daí você conhece a mulher - as escolhas, como ela resolveu tocar a vida dela... Já falando de mais recentemente, quando você tem uma atriz mais longeva em uma novela, como foi a Cleyde em 'Passione', você tem um triângulo perfeito, porque todo o elenco se espelha nela. E a Cleyde era essa baliza, eu gostava de ter ela como referência. Suas escolhas foram especiais. E ela trabalhou até quando pouco. Isso é muito bacana" - Vera Holtz, atriz, por telefone

"Eu não via a Cleyde há vários anos, eu tenho a impressão até de que ela andava meio reclusa. O que eu posso dizer são memórias daquela época [1985, quando trabalharam juntos em "Jogo Duro"]. Ela era uma excelente atriz, eu a admirava como atriz. Segui ela um pouco de longe. E poucos cineastas tiveram proximidade com ela. Ela foi muito mal aproveitada. Mas ela era uma figura muito importante de um mundo que não existe mais, de um teatro que era de terça a domingo" - Ugo Giorgetti, cineasta, por telefone

Marcelo Médici, ator:

Ivam Cabral, diretor de teatro:

Gloria Perez, novelista:

Malvino Slavador, ator:

Adriane Galisteu, apresentadora:

Fernanda Rodrigues, atriz:

Antonia Fontenelle, atriz:

Tammy di Calafiori, atriz:

Walcyr Carrasco, escritor e dramaturgo: