Juiz condena receptador do HD de Laerte a prestar serviços comunitários
Quase um ano após o roubo de um HD externo de propriedade do cartunista Laerte, o juiz Fábio Aguiar Munhoz Soares, da 17ª Vara Criminal Central de São Paulo, condenou o acusado dos crimes de receptação de produto roubado e porte de arma a prestação de serviços comunitários e pagamento de um valor equivalente a cinco salários mínimos.
De acordo com o juiz, "o valor correspondente não compensa a vítima pelo valor do prejuízo sofrido, mas implica na diminuição de seu sofrimento, pelo menos na parte financeira". Ao UOL, Laerte afirmou que foi convocado para uma audiência no dia 29 de abril, mas que ainda não sabia da notícia da condenação. Como já se passou algum tempo do crime e ele já perdeu seus trabalhos, Laerte disse que se tratam apenas de "burocracias do crime".
Pego em flagrante, o réu identificado apenas com as iniciais T.R.M. disse que encontrou o HD em um lixo. A pena para receptação envolve três anos de reclusão e pagamento de multa, e a punição por porte de arma é de um ano de detenção e multa de dez diárias, mas o juiz optou por substituir as penas restritivas à liberdade por um regime inicial aberto.
Cartaz compartilhado por fãs na internet pede que ladrões devolvam obra do cartunista Laerte
Como aconteceu o furto
Em depoimento, Laerte contou que a porta da cozinha de sua casa estava "forçada" e que vizinhos teriam ouvido ruídos estranhos vindos da residência durante a madrugada. Dois computadores e um HD externo, que guardavam o back-up do cartunista com desenhos produzidos desde 2000 foram furtados junto com outros itens da casa, como botijões de gás, um aparelho de DVD e sua carteira de motorista.
Na época, por telefone, Laerte disse que planejava uma coletânea de seus quadrinhos lançados desde 2004.
Mobilização na internet
Quando o roubo foi noticiado, um grupo intitulado "A Liga do Gibi" divulgou uma mensagem pedindo para que não formatassem o HD. "Se você adquiriu ou receptou dois micros e um HD externo, por favor, verifique o conteúdo antes de formatar. A obra do cartunista Laerte não tem preço pra você, mas para nós tem um enorme valor".
Ao UOL, Laerte disse que nunca teve experiência com esse tipo de mobilização na internet, mas que o esforço do público o comoveu. "Fico muito feliz, acho muito legal essa preocupação que as pessoas têm comigo, com o meu trabalho", disse.
*com informações da Agência Estado
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