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Heloísa Perissé vive bruxa "Rivotril" no musical "O Mágico de Oz"

Heloísa Perissé como a Bruxa Má do Oeste em cena do musical "O Mágico de Oz", adaptação de Charles Möeller e Claudio Botelho da obra de L. Frank Baum - Leonardo Soares / UOL
Heloísa Perissé como a Bruxa Má do Oeste em cena do musical "O Mágico de Oz", adaptação de Charles Möeller e Claudio Botelho da obra de L. Frank Baum Imagem: Leonardo Soares / UOL

Mariana Pasini

Do UOL, em São Paulo

19/02/2013 21h34

Prestes a encarnar em São Paulo o papel que foi de Maria Clara Gueiros durante a temporada carioca do musical "O Mágico de Oz", a atriz Heloísa Perissé diz que sua Bruxa Má do Oeste é muito diferente da versão de sua colega.

“É uma bruxa deprimida, que está passando por problemas existenciais. Ela divide com a plateia toda essa angústia dela”, disse a atriz nesta terça-feira (19) em coletiva de imprensa da qual o UOL participou. O musical estreia nesta sexta no Teatro Alfa, na Zona Sul da capital paulista, com ingressos a partir de R$ 40.

“É uma bruxa assim, 'Rivotril'; ela está um pouco consumida com alguma coisa, que eu não sei o que é”, conta atriz, para quem a personagem de Gueiros era mais decidida e irônica. Perissé afirma que a Bruxa Má é uma “cereja do bolo” na encenação. “Não é um personagem como a Dorothy ou os meninos [o Leão Covarde, o Espantalho e o Homem de Lata], que estão em cena o tempo todo. Ela entra, dá uma pinta, sai, entra. Eu que estou na melhor posição aqui dentro”, brinca. Perissé conta também que o pedido de sua filha Antônia, de 6 anos, foi decisivo para que participasse do musical.

É uma bruxa deprimida, que está passando por problemas existenciais. Ela divide com a plateia toda essa angústia dela. É uma bruxa assim, Rivotril

Heloísa Perissé, que vive a Bruxa Má do Oeste no musical "O Mágico de Oz"

“O Mágico de Oz” contará ainda com Lucio Mauro Filho como o Leão Covarde, Malu Rodrigues como Dorothy, André Torquato como o Espantalho, o italiano Nicola Lama como o Homem de Lata e Luiz Carlos Miele como o Mágico de Oz. A temporada representa a primeira vez que uma versão autorizada pela Royal Shakespeare Company é encenada no Brasil. Na capital fluminense, o espetáculo ficou em cartaz de 8 de junho a 7 de outubro.

Três cachorros da raça Cairn Terrier, a mesma do filme de 1939 com Judy Garland, se revezam no papel de Totó, companheiro da protagonista que a acompanha até Oz. Segundo Malu Rodrigues, é o "personagem mais aplaudido, sempre". Os cães contam ainda com um camarim exclusivo nos bastidores.

Confira trecho da canção "Além do Arco-Íris" por Malu Rodrigues

Uma história para todas as idades

Segundo o diretor Claudio Botelho, no elenco de 35 atores, 13 são do elenco original do Rio Rio. Ele explica que Maria Clara Gueiros estava escalada para fazer somente a temporada carioca e não podia continuar com a encenação em São Paulo, entre outros motivos, por causa dos filhos. “A vida é assim, vai trocando”, resume. Charles Möeller também assina com Botelho a versão de "O Mágico de Oz".

O diretor acha dificil identificar as diferenças entre o elenco no Rio e o na capital paulista, mas acredita que o balé paulistano é muito forte e, musicalmente, o espetáculo está mais denso. A paixão pela história foi um dos motivos pelos quais Botelho escolheu encená-la. "É uma história universal. A Dorothy sou eu, é você, é a minha mãe."

É uma história universal.
A Dorothy sou eu, é você,
é a minha mãe.

Claudio Botelho, diretor de
"O Mágico de Oz"

Para o comediante Lucio Mauro Filho, que interpretou o Leão Covarde no Rio e participará da encenação em São Paulo, a "delícia" da sua interpretação está na sua ingenuidade. “Mesmo as coisas picantes que ele fala são dele mesmo, naturais, não são ele querendo se mostrar, pelo contrário, é ele querendo se defender.”

Há trechos com piadas "menos ingênuas", como aquele em que o Leão diz não ter percebido que estava sentado na lata de óleo do Homem de Lata. "Para a minha surpresa, realmente era [um trecho] do original. Comecei a perceber que era uma história contada para todas as idades e por isso mesmo tem piadas para todas as idades", conta Mauro Filho. "Mas a maldade está na cabeça do adulto, a criança é muito mais livre."

Já Malu Rodrigues sabe que sua interpretação de Dorothy pode não agradar a todos. "Mas quem eu mais torço para estar honrada pelo que eu estou fazendo é a Judy Garland, lá em cima. Espero chegar aos pés ou na pontinha do dedão dela", diz.

Em São Paulo, "O Mágico de Oz" pode ser conferido até o dia 26 de maio.

Serviço
"O Mágico de Oz"
Quando:
de 22 de fevereiro a 26 de maio. Sextas, às 21h30. Sábados, às 16h e 20h. Domingos, às 15h e 19h.
Onde: Teatro Alfa - R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro
Quanto:
Sextas:
R$ 40 (Balcão 2), R$ 70 (Balcão 1), R$ 120 (Plateia) e R$ 140 (Vip).
Sábados e Domingos:
R$ 60 (Balcão 2), R$ 110 (Balcão 1), R$ 160 (Plateia) e R$ 180 (Vip).
Pontos de vendas:
- internet: www.ingressorapido.com.br
- bilheteria da casa: De segunda a sábado das 11h às 19hs e domingos das 11h às 18h. Em dias de eventos até o início dos mesmos.
Classificação: Livre
Duração: 150 minutos (intervalo de 15 minutos)
Telefones: (11) 5693-4000 e 0300 789 3377