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Diretor agredido do Bolshoi passará por segunda cirurgia nos olhos

O diretor do balé Bolshoi Sergei Filin, antes do ataque, em Moscou - AFP
O diretor do balé Bolshoi Sergei Filin, antes do ataque, em Moscou Imagem: AFP

Do UOL, no Rio

26/01/2013 09h27

Sergei Fillin, 42, diretor do Ballet Teatro Bolshoi de Moscou que sofreu queimaduras graves no rosto depois de ser atacado com ácido, vai ser submetido a uma nova cirurgia nos olhos na próxima segunda-feira (28), para restaurar sua visão.

"Nós planejamos uma operação na segunda-feira. Outras ainda serão necessárias, os oftalmologistas vão decidir", disse a agência Interfax Dr. Alexandr Mitichkin, diretor do hospital n º 36, em Moscou, onde o diretor artístico da instituição está internado.

A polícia russa ainda está investigando a agressão. Nikolai Tsiskaridze, um bailarino do Teatro Bolshoi, foi ouvido na última quarta-feira na qualidade de testemunha no caso. "Também foram interrogados colaboradores do teatro, assim como parentes e conhecidos de Serguei Fillin", indicou a polícia, citada pela agência Ria Novosti.

Na terça-feira, a ex-bailarina Galina Stepanenko, de 46 anos, foi nomeada como diretora artística interina. Sergei foi atacado com ácido no dia 17 de janeiro, perto de sua casa, no centro de Moscou. Filin, que vinha recebendo ameaças há semanas, sofreu queimaduras no rosto e nos olhos permanece hospitalizado. O agressor ainda não foi identificado.

Existe a suspeita de que o ataque a Filin seja uma vingança relacionada à seleção dos bailarinos para papéis de destaque. Segundo a Associated Press,quando jornalistas questionaram Galina sobre intrigas no Bolshoi, ela respondeu que a companhia é composta por pessoas "muito brilhantes e muito talentosas". "Acredito que agora nos respeitaremos e valorizaremos e especialmente cuidaremos uns dos outros."

Sergei havia sido indicado em 2011 para o cargo, no qual ficaria por cinco anos. Ainda não se sabe quando poderá reassumir o posto. O prognóstico da recuperação do bailarino ficará mais claro nos próximos dias, segundo o diretor geral do Bolshoi.