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Abertura da mostra "Impressionismo" no Rio atrai poucos admiradores do movimento artístico

Poucos admiradores do movimento artístico aguardavam a abertura da exposição "Impressionismo" em frente ao CCBB do Rio (23/10/2012) - Ricardo Cassiano/UOL
Poucos admiradores do movimento artístico aguardavam a abertura da exposição "Impressionismo" em frente ao CCBB do Rio (23/10/2012) Imagem: Ricardo Cassiano/UOL

Carla Neves

Do UOL, no Rio

23/10/2012 10h55

Às 8h20, uma fila de apenas dez pessoas aguardava a abertura da exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade" em frente ao CCBB do Rio de Janeiro. Ao contrário de São Paulo, que atraiu filas de quatro horas de espera, na capital fluminense o público pareceu menos ansioso no primeiro dia da mostra. A maioria, contudo, era composta por admiradores do movimento artístico.

Repórter encara fila impressionante em SP

A mostra foi aberta às 9h, mas às 6h o consultor de iluminação Roosevelt Alves Freitas, de 48 anos, já estava na porta do CCBB. De férias no Rio, o curitibano aproveitou para visitar a exposição. E contou que ficou surpreso com a escassez de público. "Cheguei às 6h, achando que seria tarde. Em São Paulo, um amigo meu ficou mais de quatro horas na fila para conseguir entrar na exposição.  Mas vi que aqui no Rio difere bastante", afirmou.

Apreciador do Impressionismo, apesar de não ser "um entendedor profundo" do movimento, Roosevelt contou, ainda na fila, que não estava ansioso para ver nenhuma obra em especial. "Vim pela curiosidade, por ser uma coisa única", disse ele, que acabou ficando feliz com o público restrito. "Vamos poder ver as obras com mais calma. Um quadro como esse você tem que apreciar bastante".

Às 9h30, Roosevelt comentou o que achou das primeiras obras que viu na exposição. "Estou impressionado. Cada obra é uma situação, uma expressão e um sentimento diferente. Gostaria de ter muito tempo para ficar aqui e apreciar mais", elogiou. 

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Ao final da exposição, ele quis dar sua opinião final. "Achei muito interessante o cuidado que tiveram com a iluminação. Foi tudo muito bem pensado, sem sombras nem reflexos. Isso manteve a nitidez das obras", avaliou.

Assim como Roosevelt, a advogada gaúcha Mercedes Rodrigues, 69 anos, também escolheu o primeiro dia da exposição para visitá-la. "Estou voltando do exterior e quando soube da mostra resolvi passar aqui no Rio. Tenho uma filha que mora aqui", contou.

A advogada, que já visitou o Museu d' Orsay, em Paris, ficou encantada com o quadro "O Lago das Ninfeias, Harmonia Verde", de Claude Monet. "Já conhecia de ver em livros. Nunca tinha presenciado. E está acima da expectativa", contou ela, que também elogiou a disposição da mostra. "Cada salão aborda um tema. E, por isso, cada um me leva para uma percepção diferenciada", disse.

A estudante de cinema Deborah Lins de Barros, de 29 anos, estava aguardando a vinda da exposição para o Rio desde que ela foi anunciada. "Estou ansiosa para ver Van Gogh", contou ela, que se encantou pela obra "Moças ao Piano", de Auguste Renoir.

Com um caderno de anotações em mãos, Deborah aproveitou a tranqüilidade do primeiro dia da exposição para apreciar as obras com mais calma. "Exposição no Rio todo mundo vem no último dia", contou ela, que costuma freqüentar mostras de arte com frequencia.