Coreia do Sul suspende proibição do livro "120 Dias de Sodoma", do marquês de Sade
A Coreia do Sul suspendeu por um mês a proibição da publicação do livro "120 Dias de Sodoma", do marquês de Sade.
No dia 6 de setembro deste ano, a Comissão Coreana de Ética Editorial ordenou que uma editora local retirasse das livrarias e destruísse todos os exemplares de "120 Dias de Sodoma" por "obscenidade extrema".
A versão coreana do livro, que relata minuciosamente as orgias sexuais de quatro aristocratas franceses libertinos que estupram, torturam e matam suas jovens vítimas, foi lançada em agosto.
"Boa parte do livro é extremamente obscena e cruel, com atos de sadismo, incesto, zoofilia e necrofilia", afirmou Jang Tag-Hwan, integrante da comissão. Ele explicou que a descrição detalhada de atos sexuais com menores foi um fator importante na decisão de considerar como "nociva" a publicação do livro.
"Há muitos livros pornográficos por todas as partes. Não posso compreender o motivo deste livro, objeto de estudos acadêmicos por psiquiatras e críticos literários, receber um tratamento diferente", disse Lee Yoong, diretor da editora Dongsuh Press.
Após um protesto da editora, a Comissão Coreana de Ética Editorial releu o livro e reconheceu seu valor literário. Jang Tag-Hwan voltou atrás em seu argumento e disse que o livro “tentou mergulhar no lado interno da ganância humana."
*Com informações da agência Associated Press
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