Topo

Com shows lotados de Titãs e Gilberto Gil, terminam as 24 horas de Virada Cultural SP

A banda Titãs apresenta o álbum "Cabeça Dinossauro", de 1986, em show na Virada Cultural, em São Paulo (6/5/12) - Leandro Moraes/UOL
A banda Titãs apresenta o álbum "Cabeça Dinossauro", de 1986, em show na Virada Cultural, em São Paulo (6/5/12) Imagem: Leandro Moraes/UOL

Natália Guaratto

Do UOL, em São Paulo

06/05/2012 22h42

A oitava edição da Virada Cultural terminou por volta das 19h30 deste domingo (6) com show do cantor Gilberto Gil. O dia comecou tranquilo, com poucas pessoas na ruas do centro. O público foi chegando aos poucos e o movimento, apesar de intenso, fluiu bem nos trajetos entre palcos e metrôs.

Gil fez a apresentação mais cheia da noite na praça Júlio Prestes, onde cantou principalmente hits da música negra. O palco dedicado a música afro teve ainda shows de Tony Allen e Sean Kuti durante a madrugada.

Uma das poucas atrações de hip-hop da Virada Cultural, o rapper Dexter, fundador do 509-E, foi quem abriu o domingo, fazendo sua primeira grande apresentação depois de deixar a cadeia, em abril de 2011. Ainda pela manhã, a OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) atraiu idosos e casais para o Vale do Anhangabaú. 

No início da tarde, foi a vez dosTitãs lotarem três quarteirões da Avenida São João. O público compareceu em grande número para ver Paulo Miklos, Sergio Brito, Branco Mello, Tony Belloto e Mario Fabre tocarem as canções do álbum “Cabeça Dinossauro”.

Com atraso de mais de uma hora, a apresentação de Leci Brandão no Theatro Municipal gerou reclamações do público, que ficou impaciente no saguão enquanto aguardava a sambista passar o som para o show.

Atrações inusitadas da Virada Cultural, os palcos de stand-up comedy e luta livre, na Praca da Sé, permaneceram lotados até o fim do evento. Por volta das 17h30, horário programado para o encerramento das apresentações dos comediantes, Oscar Filho ainda contava piadas para uma plateia numerosa.

Enquanto isso, o lutador Xandão recebia o cinturão pelo campeonato sul-americano de luta livre no fechamento do palco dos lutadores. A cerimônia reuniu todos os atletas que passaram pelo ringue da Virada.

A volta para casa do público tambem fluiu bem. O grande fluxo de pessoas nos metrôs foi controlado por pequenas interrupções no embarque dos passageiros, mas somente nos minutos que seguiram o encerramento do evento.

Tumulto gastronômico e morte

Em entrevista coletiva antes do fim da Virada, Carlos Augusto Calil, Secretário da Cultura de São Paulo, comentou a confusão envolvendo a distribuição da galinhada do chef Alex Atala no Minhocão na madrugada. “Alta gastronomia em evento de massa é incontrolável”, afirmou.

Calil também lamentou a morte de uma garota de 17 anos, única registrada durante a Virada e disse que a segurança estava tranquila, quando o UOL apurou que houve arrastão e diversas brigas durante o evento. De acordo com o programa "Fantástico" deste domingo, 67 pessoas foram atendidas nos postos médicos e 25 detidas. 

Sábado teve lotação em palco de humor 

As primeiras 12 horas da Virada Cultural de São Paulo, que teve início às 18h de sábado (5), foram marcadas por excesso de público, falta de estrutura e problemas técnicos.  Os espaços mais afetados por essas questões foram justamente aqueles nos quais já se esperava por um público maior.

Os shows de Arnaldo Baptista solo e com a banda Mutantes foram destaques da noite, assim como a abertura do cantor Guilherme Arantes, que surpreendeu o público ao dizer que não tem vergonha de acharem sua música brega