MAM irá gerir a 30ª Bienal de São Paulo
O Ministério da Cultura divulgou hoje que o MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo - foi a entidade escolhida para gerir a 30ª edição da Bienal de São Paulo, prevista para setembro deste ano. A Fundação Bienal de São Paulo foi declarada inadimplente em 2/1, num processo da Controladoria Geral da União (CGU), e ficou impedida de operar os recursos obtidos por meio da Lei Rouanet, medida que levou a questionamentos sobre a viabilização do evento. Com a indicação do MAM como novo proponente, a verba poderá ser utilizada. De acordo com o MinC, a solução não leva à interrupção dos processos de prestação de contas em andamento.
Além do MAM, outro candidato para a função era o Instituto Tomie Ohtake. "Apesar de ter sido constatada a competência de ambas as instituições, deliberou-se pela maior tradição do Museu de Arte Moderna, pesando inclusive o fato dessa instituição ter sido a realizadora das primeiras edições da Bienal", diz a nota divulgada pelo MinC. O órgão informou que está preparando um Termo de Ajustamento de Conduta que permita a alteração de proponente dos projetos relacionados à 30ª Bienal.
O MAM e a Fundação Bienal divulgaram uma nota conjunta sobre o assunto. "Vamos atender com todo o empenho à solicitação do Ministério da Cultura para contribuir com a Bienal. O evento é estratégico para o País, e o MAM-SP não poderia deixar de apoiar a Fundação e seu presidente, Heitor Martins, que à frente da sua equipe realiza um importante trabalho de recuperação, já evidenciado na última edição da mostra. Havendo reais possibilidades técnicas de execução, o MAM ocupará, com imenso prazer, o papel de correalizador do evento", disse a presidente do MAM, Milú Villela, segundo o material divulgado.
"A possibilidade de ter o MAM-SP como parceiro é um grande estímulo. O apoio de Milú Villela, uma grande ativista da cultura brasileira, e dos seus colaboradores, será vital para garantirmos a continuidade da Bienal. Com essa parceria, esperamos superar esse grande desafio", afirmou Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal de São Paulo, segundo a nota.
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