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Criador de "Walking Dead" conta que ideia de fim do mundo é que guia a série; leia entrevista

Robert Kirkman, criador da HQ e roteirista da série de zumbis "Walking Dead"  - Megan Mack
Robert Kirkman, criador da HQ e roteirista da série de zumbis "Walking Dead" Imagem: Megan Mack

ESTEFANI MEDEIROS

Da Redação

11/11/2011 11h11

"Walking Dead", série que nasceu nos quadrinhos e recentemente estreou sua segunda temporada, tem batido recordes de audiência no Brasil (onde é transmitida pela Fox) e também nos Estados Unidos. Mas não é só isso. Já renovada para a terceira temporada, a produção é um sucesso entre as HQ's e recebeu recentemente dois de seus maiores prêmios (Eisner e Scream). 

Criada pelo americano Robert Kirkman, "Walking Dead" reflete a "moda" zumbi que veio depois das séries de vampiros. São jogos, brinquedos e até paradas no Dia de Finados. Os mortos-vivos nunca estiveram tanto entre nós.

Em entrevista ao UOL, Kirkman falou sobre o seu processo criativo e o que acha dessa tendência. "Acredito que entramos nessa mais ou menos no mesmo tempo. É um boa época para ser um fã de zumbis, mas prefiro acreditar que é uma coincidência". O autor também deu algumas dicas para sobreviver a um apocalipse zumbi, caso nesta sexta-feira (11/11/11), o mundo acabe assim. 

Leia entrevista completa abaixo: 

UOL Entretenimento: Como anda sua rotina? Com a publicação de uma HQ mensal e a produção da série?
Robert Kirkman: É uma jornada. Escrevo os quadrinhos de manhã, então entro na “writers room” [espécie de conferência com os outros escritores da série], vejo o que está acontecendo, procuro algo para o show até o fim do dia. À noite eu também escrevo. Mas eu realmente amo o que faço, toma bastante tempo, mas não é ruim trabalhar quando você se diverte.

UOL Entretenimento: E o que te inspira para escrever os roteiros?
Robert Kirkman: A verdadeira origem de "Walking Dead" é que eu sou apaixonado por filmes de guerra. Realmente gosto da ideia de fim do mundo, ter que sobreviver com pessoas que você nunca viu na vida. Essa ideia de apocalipse zumbi é legal porque brinca com esses personagens lutando pra viver, tendo seus corpos modificados por um vírus. É uma ideia bem interessante. E é isso que guia ‘Walking Dead’.

UOL Entretenimento: Você lembra do primeiro filme do gênero que assistiu?
Robert Kirkman: O primeiro filme de zumbi que assisti definitivamente foi "A Noite dos Mortos Vivos" (1968). O original em preto e branco de George Romero é um dos primeiros filmes da temática zumbi e fala sobre uma cidade sendo invadida por mortos-vivos. Eu cresci em uma época em que a televisão era o centro das novidades, e esses filmes faziam muito sucesso nas sessões noturnas.

UOL Entretenimento: Existe a ideia de transformar a série em um filme?
Robert Kirkman: A série de TV tem nos mantido populares. Existe uma possibilidade de um filme no futuro, mas atualmente eu diria que não.

UOL Entretenimento: E como foi o “Scream”, última premiação que vocês venceram. Você conhecia os brasileiros que concorriam?
Robert Kirkman: Não, não conhecia. Mas é sempre muito bom ser premiado, é ótimo. Um sinal que as pessoas se importam com o seu trabalho e um motivo pra continuar trabalhando duro nele.

UOL Entretenimento: A produtora de “Crepúsculo” anunciou recentemente que fará um romance com zumbis. Você acha que o zumbi é uma nova tendência?
Robert Kirkman: Não sei. Muitos filmes de zumbis já existiam, alguns remakes foram feitos nos últimos anos e essa popularidade realmente aumentou recentemente. Mas acredito que entramos nessa mais ou menos no mesmo tempo. É um boa época para ser um fã de zumbis, prefiro acreditar que é uma coincidência.