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Veja polêmicas que marcaram a Bienal de Arte de SP, que completa 60 anos nesta quinta (20)

Dois caixões de papelão e uma faixa que diz "Viva a liberdade de expressão, abaixo ao vazio intelectual" foram levados à Bienal de São Paulo por um grupo de artistas mobilizados pelo artista Antonio Peticov e sua mulher, Cintia Oliveira na Bienal de 2008 - Roberto Setton/UOL
Dois caixões de papelão e uma faixa que diz "Viva a liberdade de expressão, abaixo ao vazio intelectual" foram levados à Bienal de São Paulo por um grupo de artistas mobilizados pelo artista Antonio Peticov e sua mulher, Cintia Oliveira na Bienal de 2008 Imagem: Roberto Setton/UOL

ESTEFANI MEDEIROS<br>Da Redação

20/10/2011 06h15

A Bienal Internacional de Arte de São Paulo comemora 60 anos nessa quinta-feira (20) como palco de diversas polêmicas envolvendo o cenário artístico.

A instituição apresenta a exposição "Em Nome dos Artistas" com a proposta de mostrar artistas contemporâneos, e que é aberta com a vaca e o bezerro do artista Damien Hirst divididos ao meio em um tanque de formol. Mas essa não é a primeira obra que gera controvérsias no evento.

O presidente da Bienal, Heitor Martins, comentou as polêmicas envolvendo as mostras. "A arte contemporânea é a fronteira. Quando você passa o limite é normal que gere polêmica. Isso testa a sociedade. Se não criarmos esse diálogo, não estaremos cumprindo nossa função", explica Martins. "Toda mostra contemporânea é provocativa", completa.

O artista plástico Antonio Peticov discorda sobre esses momentos. "Eu acho que essa polêmica é combustível pra fogueira das vaidades. A Bienal pode ter uma mídia maravilhosa sem precisar de polêmica. Essas polêmicas são truques. Isso é desnecessário, trabalhos como o do Nuno, por exemplo, são mais ricos que isso. Não são só urubus".

Desde sua fundação, em 1951, o Pavilhão localizado no Ibirapuera já recebeu grandes nomes da arte mundial como Jackson Pollock, Pablo Picasso, Andy Warhol, Lasar Segall, Burle Marx e Ai Weiwei. Além de trabalhos de brasileiros como Tarsila do Amaral e Portinari. Mas não é só por grandes nomes que o evento é reconhecido. Suas crises internas, problemas com curadores e artistas e obras polêmicas também chamam a atenção do público, que se manifesta contra ou a favor.

Veja abaixo, de Picasso a Gil Vicente, algumas das grandes polêmicas da Bienal paulista.