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Ícone de glamour e tragédia, Grace Kelly, a "princesa mais bonita da história" ganha exposição em SP

ANTONIO FARINACI<br>Colaboração para o UOL

04/05/2011 23h27

Grace Kelly é um fenômeno. Não é todo mundo que consegue ser uma diva de Hollywood, entrar para uma família real e, 30 anos depois da morte, ainda ser lembrada como um ícone de glamour e tragédia. A exposição “Os Anos Grace Kelly, Princesa de Mônaco”, que fica em cartaz em São Paulo de 5 de maio a 10 de julho, traça um panorama dessa personagem, suas conquistas como atriz e sua vida depois do casamento.

Com curadoria do ministro da Cultura da França, Frédéric Mitterrand, a mostra reúne cerca de 900 objetos, distribuídos por 14 salas, que contam a vida da garota interiorana da Filadélfia, que conquistou Hollywood e a realeza monegasca. São fotografias, filmes, vestidos, joias, acessórios, quadros e correspondência com amigos -- rainha Elizabeth, Greta Garbo, Frank Sinatra, Alfred Hitchcock, Jacqueline Kennedy, entre outros.

Originalmente concebida em 2007, pelo Grimaldi Forum (centro de conferências e exposições em Mônaco), a exposição já passou por Londres (parcialmente) e Paris antes de chegar a São Paulo. A versão da capital paulista é a que tem o maior número de obras.

  • Reprodução

    Grace Kelly no filme "Disque M para Matar"

Grace Kelly se divertiu como ninguém nos anos 50, enquanto construía sua trajetória como atriz, no teatro, televisão e cinema. Em apenas seis anos de carreira, participou de filmes antológicos, como “Amar É Sofrer”, pelo qual ganhou um Oscar de melhor atriz, “Mogambo”, “Disque ‘M’ para Matar” e “Janela Indiscreta” -- os dois últimos, de Hitchcock, que era fã da atriz.

Adorava uma noitada de drinks e foi amiga das maiores baladeiras da época, a atriz Ava Gardner e a cantora e dançarina Josephine Baker. Dona de uma beleza fulgurante, teve namoricos com todos os seus contrapartes cinematográficos — uma lista que inclui Gary Cooper, Clark Gable, Frank Sinatra e Marlon Brando, só para mencionar os mais famosos.

Cedeu aos cortejos do príncipe Rainier 3º, de Mônaco, que estava desesperado para arrumar uma consorte, sob o risco de que o principado fosse reintegardo à França, caso ele não assegurasse um herdeiro para o trono. Ainda assim, consta que a família da atriz teve de pagar um dote de US$ 2 milhões para que o casamento se consumasse, conforme o protocolo exigia.

A festa foi digna de uma princesa de Walt Disney — uma réplica do vestido, feito pela estilista Helen Rose, está na exposição —, mas o casamento estava longe de ser um conto de fadas. O príncipe era controlador e possessivo, proibiu que os filmes com Grace fossem exibidos em Mônaco e cortou qualquer aspiração que ela tivesse de retomar a carreira. Cada um tinha sua própria agenda de amantes, mas a princesa contumava reclamar da vida conjugal para amigos próximos.

O acidente que causou sua morte é envolto em mistério até hoje. Oficialmente, ela teve um derrame enquanto dirigia. Mas comenta-se que a filha Stéphanie, menor de idade na época, é quem estaria na direção.

Recentemente, como que a provar o interesse constante que o público tem por seu nome, Grace Kelly voltou a ser notícia. Às vésperas do casamento de Kate Middleton com o príncipe William, da Inglaterra, Grace foi eleita a princesa mais bonita da história.


"OS ANOS GRACE KELLY, PRINCESA DE MÔNACO"
Quando:
de 5 de maio a 10 de julho. De terça a sexta-feira, das 10h às 20h. Sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Fechado às segundas-feiras, inclusive aos feriados
Onde: Museu de Arte Brasileira da FAAP (rua Alagoas, 903, Higienópolis)
Quanto: entrada franca