Arte no contexto da ditadura militar é tema de mostra em SP
O MAC USP acaba de inaugurar uma mostra com 164 obras feitas no contexto da ditadura militar (1964-1985). "Um Dia Terá que Ter Terminado 1969/74", que segue em cartaz até 6 de março de 2011, é o segundo de uma série de três eventos que investigam o acervo do museu por este viés.
A presente exposição, que chega depois de "Entre Atos 1964/68", reflete a produção artística nos anos mais cruéis do regime, exibindo obras de Sérgio Ferro, Julio Plaza, Regina Silveira, Claudio Tozzi, Vera Chaves Barcellos, Artur Barrio, Gabriel Borba, Maurício Fridman e Cristiano Mascaro, entre outros. A curadoria é de Ana Magalhães, Cristina Freire e Helouise Costa, docentes da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica do MAC USP.
O museu foi fundado em abril de 1963, um ano antes do golpe militar. Em "Um Dia Terá que Ter Terminado 1969/74", é abordado o papel da instituição no processo de desenvolvimento de uma rede de arte postal que rompeu os bloqueios impostos pela ditadura vigente. Um dos destaques é a obra "São Sebastião (Marighella)", de Sérgio Ferro, considerada emblemática para representar o papel do museu naqueles anos. Em correspondência endereçada ao diretor Walter Zanini, o artista, na iminência de partir para o exílio, solicita que sua obra seja protegida pelo MAC USP e manifesta sua esperança de que a ditadura chegue ao fim, usando a frase que dá título à mostra.
"UM DIA TERÁ QUE TER TERMINADO 1969/74"
Quando: até 6 de março de 2011. De terça a domingo, das 10h às 18h
Onde: MAC USP Ibirapuera (pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso, prédio da Bienal --entrada pela rampa lateral)
Quanto: grátis
Informações: 0/xx/11/5573-9932 e site do MAC USP.
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