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MAC USP expõe 64 pinturas de Alberto Magnelli, o pioneiro da abstração

Detalhe da obra "A Leitora", que ganha exposição <br>na mostra "Magnelli" até 12 de setembro - Divulgação/MAC USP
Detalhe da obra "A Leitora", que ganha exposição <br>na mostra "Magnelli" até 12 de setembro Imagem: Divulgação/MAC USP

Da Redação

14/07/2010 10h59

O italiano Alberto Magnelli será homenageado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP com uma mostra em sua sede no Ibirapuera (SP). Desta quarta-feira (14) até 12 de setembro, 64 pinturas do artista, realizadas entre 1912 e 1969, ganham exposição. As obras pertencem a acervos da França e da Bélgica, além de coleções particulares brasileiras e ao próprio MAC USP.

Apresentada no Rio de Janeiro entre abril e julho deste ano, a mostra foi idealizada e organizada por Lisbeth Rebollo Gonçalves, ex-diretora do MAC USP. A curadoria é de Daniel Abadie, professor de História da Arte da Universidade Livre de Bruxelas.

Pioneiro da abstração
Magnelli (1888-1971) foi um pioneiro da abstração, membro destacado do grupo Abstración Création de Paris. Em Florença, o contato com os futuristas o levou a flertar com o modernismo e, mais tarde, em Paris, se identificou com o cubismo. Convivendo com Appolinaire, Picasso, Léger, Gris e Archipenko, é o encontro com Matisse que influencia a composição de interiores com figuras humanas, em cores fortes e contornos pretos.

A aproximação com os cubistas levou Magnelli à simplificação de sua obra e à abstração, iniciando, em 1915, a série "Explosões Líricas". A partir de 1917, experimentou as figuras geométricas relacionadas ao cubismo sintético. Depois de 1920, retornou à figuração sob a influência da pintura metafísica de Giorgio De Chirico e Giorgio Morandi. Em 1931, uma visita a Carrara, Itália, inspirou a série "Pierres Eclatées" ("Pedras Explodindo") - sintoma de seu retorno ao abstracionismo.

Até retomar a abstração de uma vez por todas, houve um momento em que Magnelli se engajou em uma tendência quase surrealista, que ele rejeitou rapidamente por ser muito literária e sem considerações práticas e artísticas. A partir da década de 1950, o reconhecimento internacional veio com sua participação na Bienal de Veneza e na 1ª Bienal de São Paulo (Prêmio Aquisição), e com o Prêmio Guggenheim de Nova York.


"MAGNELLI"
Quando: de 14 de julho a 12 de setembro de 2010
Onde: MAC USP Ibirapuera - Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso, Parque Ibirapuera (Prédio da Bienal --acesso pela rampa lateral), São Paulo-SP;  de terça a domingo, das 10h às 18h
Quanto: Grátis
Informações: 
0/xx/11/5573-9932 e site do MAC USP.