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"Louise Bourgeois representou papel universal do artista", diz Leda Catunda

Da Redação

31/05/2010 20h50

A artista plástica franco-americana Louise Bourgeois morreu aos 98 anos nesta segunda-feira (31) em um hospital em Nova York.

Nascida na França e radicada nos Estados Unidos, Louise participou de diferentes correntes artísticas, primeiro nos Estados Unidos sob a influência do surrealismo, e a partir de 1960 da escultura em metal. Ela é a autora da escultura de aranha do MAM-SP, que pode ser vista na marquise do parque Ibirapuera, em São Paulo.

Abaixo, artistas brasileiros e intituição italiana que abre esta sexta-feira (4) uma exposição com obras inéditas da artista falam da importância de sua obra e comentam a morte:

"Vim a conhecer o trabalho dela quando já tinha um trabalho formado e houve uma forte identificação pelos temas da condição feminina, das formas e pelo espírito da obra. Ela teve uma coisa exemplar que é a característica utópica do artista de seguir trabalhando independente de sexo, idade. Isso cumpre papel universal do artista, o que você acha que um artista é, deve ser, ela foi" - Leda Catunda, artista brasileira

Ela foi uma artista que persistiu em seu trabalho mesmo quando não foi reconhecida. Produziu sem cair no comodismo.

Maurício Ianês, artista brasileiro

"Ela foi uma artista que persistiu em seu trabalho mesmo quando não foi reconhecida, trabalhou até uma idade superavançada e produziu sem cair no comodismo, fazendo obras difíceis. Isso é um grande exemplo de artista. Se ela não existisse acho que o mundo seria bem mais insosso. A gente perde um exemplo de perseverança, força e de generosidade" - Maurício Ianês, artista brasileiro

  • AFP

    No Museu Guggenheim de Bilbao, escultura "Maman", de Louise Bourgeois, em registro de 2001

"Com profundo pesar, a Fundação Emilio e Annabianca Vedova divulga a notícia da morte de Louise Bourgeois, uma das figuras mais significativas do panorama artístico de nossa época" - Fundação Emilio e Annabianca Vedova, da Itália, responsável por exposição da artista que abre esta sexta-feira (4/6) em Veneza

"É uma coisa muito dura, sua morte não tem reposição" - Regina Silveira, artista brasileira