Diretor teatral Zé Celso passa por cirurgia para implantação de marcapasso
Da Redação
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José Celso Martinez Corrêa durante apresentação da peça "O Banquete" no Teatro Oficina em São Paulo, em dezembro de 2009
Segundo boletim médico divulgado esta tarde, o procedimento durou três horas e correu bem. Zé Celso está em recuperação na Unidade Crítica Cardiológica do hospital.
O diretor está internado desde o dia 10 de janeiro, depois de ter sofrido dois desmaios durante viagem de férias ao Piauí e retornado a São Paulo, onde exames detectaram uma arritmia cardíaca.
Carreira
Nascido em Araraquara em 1937, o diretor, ator e autor José Celso Martinez Corrêa é formado em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo (SP). É líder do Teatro Oficina, uma das mais respeitadas companhias de teatro brasileiras.
Em sua trajetória artística, constam montagens marcantes como "Pequenos Burgueses" (1963) e "O Rei da Vela" (1967), de Oswald de Andrade, marco histórico que definiria o teatro antropofágico. Zé Celso foi perseguido e torturado pela ditadura militar e, em 1974, exilou-se em Portugal. Em 1978, voltou a São Paulo e passou a implementar projetos na tentativa de reacender o grupo sob o nome "Uzyna Uzona".
Diretor Zé Celso apresenta "O Banquete"
A história da companhia também é marcada pela manutenção do prédio do Teatro Oficina e pela revitalização do Bexiga, bairro da região central de São Paulo, em meio a discussões com propostas de empreendimentos imobiliários que pretendem ocupar o local.
O diretor mantém, há cerca de 30 anos, uma disputa com o apresentador Silvio Santos sobre a ocupação do terreno anexo ao Teatro Oficina, na rua Jaceguai. A companhia teatral defende que se erga ali um teatro de estádio (ao ar livre) para 5.000 pessoas; mas o grupo que leva o nome do empresário propõe a construção de um conjunto residencial ou um shopping.
Em 12 de dezembro último, José Celso Martinez Corrêa encerrou temporada no Teatro Oficina à frente do espetáculo "O Banquete", baseado no diálogo escrito por Platão e que constitui homenagem ao deus Eros e ao amor.
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