Rodrigo Santoro frisa importância da arte em cenário 'desafiador' da pandemia
Uma crise de saúde somada a complicações políticas e sociais: esta é a tormenta vivida no Brasil durante a pandemia de covid-19 na visão do ator Rodrigo Santoro, que está em "Power", novo filme da Netflix, que estreará na próxima sexta-feira, dia 14.
A situação está muito complicada no Brasil. Temos a crise da saúde e da pandemia, a crise política e social. Estamos vivendo algo desafiador. Está difícil. Estamos seguindo o dia a dia, esperando que a coisa melhore."
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Santoro acompanha Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Dominique Fishback no elenco de "Power", longa-metragem de ação dirigido por Henry Joost e Ariel Schulman e ambientado em Nova Orleans.
O filme gira em torno das disputas dentro e fora da lei pelo controle de uma misteriosa droga que dá poderes sobrehumanos por cinco minutos ao usuário.
Pai na pandemia
Em meio ao cenário conturbado da pandemia, o ator, de 44 anos e nascido em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, disse que ele e a família estão bem de saúde.
"O que estamos tentando fazer é usar o tempo da melhor maneira possível, respeitando tudo o que deve ser respeitado. Tenho uma filha de três anos, então estou aprendendo a ser pai de uma maneira muito, muito intensa."
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Santoro também enalteceu a importância da arte para as pessoas nos momentos de confinamento.
Tenho estudado muito, tentado me conectar com a arte: literatura, música, filmes, séries, tudo isso. É muito importante reconhecer o valor da arte, principalmente em uma situação como esta."
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Face humana do vilão
Rodrigo Santoro já tem experiência como vilão: é impossível se esquecer do imponente e extravagante rei Xerxes em "300" (2006) e "300: A Ascensão do Império" (2014).
Em "Power", o ator interpreta um traficante de drogas chamado Biggie, mas questiona a utilidade de enquadrar seus personagens moralmente e de forma simplista.
Inicialmente, nunca consigo olhar para um personagem colocando-o em uma categoria: 'É mau ou bom'. Entendo a função do personagem na história, mas meu trabalho é interpretar uma pessoa, tenho que humanizar esse personagem. Caso contrário, serei uma caricatura. [...] Os vilões fazem coisas ruins, escolhem caminhos tortos. E, com isso, vem muito conflito. O conflito é uma das bases do drama e, certamente, dá para trabalhar muito nisso."
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Além de trabalhar lado a lado com os diretores para que o seu retrato não fique superficial e nos estereótipos habituais dos criminosos, Santoro, que se destacou nos últimos anos pela participação na série "Westworld", opinou que "humanizar um vilão" é um grande e estimulante desafio para um ator.
São os mais difíceis de humanizar. De início, o espectador olha e fala: 'Eu o odeio, não quero saber quem ele é, não quero saber por que ele faz isso, não gosto dele'. Então, é um desafio muito maior. Se eu conseguir fazer com que o espectador entenda o personagem, que o conheça mesmo que não goste dele, mas que o compreenda, meu trabalho está feito."
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