Alceu Valença embarcará em turnê pela Europa em julho
"Faço rock que não é rock. Por isso, me apresento frequentemente em festivais de jazz em Nova York. Tudo depende de onde me apresento. Não é o mesmo me apresentar lá e no Carnaval, que é outro tipo de som", afirmou o músico, que recebeu a Agência Efe em sua casa em Olinda.
Nascido há 73 anos, no pequeno município de São Bento do Una, no interior de Pernambuco, Alceu Valença é formado em direito, já trabalhou como jornalista e carrega o gosto pela música consigo graças ao avô Orestes Alves Valença, que era poeta e violeiro.
Após décadas de estrada, a obra de Alceu é difícil de ser identificada como um só estilo por contar com influências de jazz, rock, música cubana, bolero, forró, axé, frevo e maracatu, entre outros gêneros.
REENCONTRO COM A EUROPA.
Parte dessa trajetória foi construída justamente no continente da próxima turnê. O artista, que viveu por um ano na França antes de consolidar a carreira no Brasil, se reencontrará com o público europeu no dia 15 de julho em Amsterdam. Depois, passará por Berlim, Dublin, Londres, Genebra, Zurique, Barcelona, Madri e Lisboa.
Entre os dez shows na Europa, o da Sala Apolo de Barcelona terá um significado especial para o músico. Está será a primeira apresentação no estabelecimento catalão e marcará o retorno à Espanha após a aclamada participação no festival "Cantos na Maré", na cidade galega de Pontevedra, em 2016. Um dia depois de Barcelona será a Sala Mon de Madri a que recebera ao multifacético artista.
"A parada em Barcelona vai ter frevo, muito forró, maracatu, ciranda e uma infinidade de gêneros musicais que interpreto e componho. Este novo trabalho é uma mistura, pois tenho diversos tipos de shows, e neste vou mesclar frevo, xote e minhas canções", antecipou.
Como termômetro do que será a turnê europeia, Alceu Valença foi mais uma vez uma das estrelas do Carnaval neste ano, com apresentações em blocos de diversos estados, inclusive fechando a folia do Recife, no emblemático Marco Zero.
VITALIDADE DE SOBRA.
No encerramento do Carnaval do Recife, na última terça-feira, a voz intacta e a vitalidade do músico multifacetado foi um dos pontos altos das celebrações do público, que independentemente da idade cantou as músicas em uníssono.
"A arte não tem idade, e nas minhas apresentações é comum ver crianças nos ombros dos pais se divertindo", disse Alceu, que disse ter sido "naturalmente influenciado" desde criança pelos ritmos caribenhos.
O Carnaval de 2020 também marcou o lançamento do single "Beija-flor apaixonado", um dueto com Fafá de Belém que havia sido gravado em 2014 e lançado apenas na internet.
Ainda neste ano, as produtoras Sete Artes e Tapioca Cine devem lançar a série-documentário de oito episódios "Alceu de todos os tempos", com direção de Úrsula Corona e criado por Omar Marzagao, uma produção gravada em Brasil e Portugal.
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