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Basílica da Natividade em Belém sai da lista de Patrimônio Mundial em Perigo

02/07/2019 18h16

Baku, 2 jul (EFE).- Após sete anos de trabalhos de restauração e conservação, a basílica da Natividade e a rota de peregrinação, em Belém, na Cisjordânia, foram retiradas da lista de Patrimônio Mundial em Perigo pelo Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.

A decisão foi tomada na 43ª sessão do Comitê, realizada até o dia 10 na capital do Azerbaijão, Baku, segundo informou a Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), entre os aplausos das diversas delegações.

"Isto é muito especial para nós. Deixem-me agradecer a todos os membros do Comitê, mas também a todos os Estados, empresas e pessoas que apoiaram moral e economicamente a retirada" da basílica da Natividade da lista do Patrimônio Mundial em Perigo, afirmou o representante palestino.

O lugar foi retirado da lista a pedido da Palestina, membro de pleno direito na Unesco desde dezembro de 2011, e após uma avaliação positiva de um dos órgãos consultivos da Unesco, o Conselho Internacional de Monumentos e Lugares (ICOMOS).

Na decisão, o Comitê do Patrimônio Mundial afirma que as "medidas corretivas foram concluídas e se alcançou o estado desejado de conservação para retirar o lugar da Lista do Patrimônio em Perigo".

O berço da cristandade e o caminho que, segundo a tradição, foi percorrido por Maria e José para chegar ao lugar onde nasceu Jesus, foram incluídos em 2012 como lugar cultural na lista do Patrimônio Mundial. No entanto, acabaram sendo acrescentados à lista do Patrimônio em Perigo por pedido urgente das autoridades palestinas.

A basílica foi inscrita na lista de Patrimônio em Perigo pela degradação do complexo arquitetônico, que sofreu infiltrações no telhado. O local fica 10 quilômetros ao sul de Jerusalém, sobre a gruta onde os cristãos acreditam que Jesus Cristo nasceu.

No ano 399 d.C. foi construída uma primeira igreja, que foi substituída por outra no século VI, após um incêndio. O lugar também tem conventos e igrejas latinas, gregas, ortodoxas, franciscanas e armênias, assim como campanários, jardins de terraço e uma rota de peregrinação.

Os trabalhos de conservação física têm sido realizados desde 2013 e incluem a restauração do teto, que foi concluída em abril de 2016. Também foram instalados sistemas de detecção de fumaça e uma nova iluminação.

Os trabalhos que ainda não terminaram "progridem conforme os recursos disponíveis", afirma o relatório sobre o estado de conservação da Basílica da natividade. EFE