Topo

Colecionador francês compra casa de leilões Sotheby's por US$ 3,7 bilhões

Sede da Sotheby"s em Nova York - Drew Angerer/Getty Images
Sede da Sotheby's em Nova York Imagem: Drew Angerer/Getty Images

De Nova York (EUA)

17/06/2019 12h23

A casa de leilões Sotheby's anunciou hoje que chegou a um acordo para ser adquirida pela BidFair USA, empresa propriedade do colecionador de arte Patrick Drahi, em uma transação avaliada em US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 14,5 bilhões).

"Esta aquisição dará a Sotheby's a oportunidade de acelerar seu bem-sucedido programa de iniciativas de crescimento dos últimos anos em um entorno privado mais flexível", declarou o executivo-chefe da empresa, Tad Smith.

O colecionador de arte franco-israelense Patrick Drahi, descrito pelo executivo da Sotheby's como "um dos empresários mais considerados no mundo", é fundador da multinacional das telecomunicações Altice e proprietário de outras companhias como Suddenlink, Cablevision e Cheddar.

A operação, que ainda depende da aprovação das autoridades e dos sócios, deve ser fechada no último trimestre deste ano e os acionistas receberão US$ 57 em dinheiro por cada ação.

O magnata Patrick Drahi - Martin Bureau/AFP/Getty Images - Martin Bureau/AFP/Getty Images
O magnata Patrick Drahi
Imagem: Martin Bureau/AFP/Getty Images

Drahi explicou em uma nota de imprensa que faz o investimento pensando na sua família, lembrando que tem "uma perspectiva de longo prazo" e garantindo que confia "plenamente" nos atuais gerentes da casa de leilões, razão pela qual não antecipa nenhuma mudança na sua estratégia.

Além disso, o empresário disse que na operação não há um "vínculo de capital" com a Altice Europe nem com a Altice USA e que seguirá centrado nos seus negócios, "liderando a equipe gerente" da primeira filial, a europeia, e como presidente da segunda, a americana.

Por sua vez, o presidente da junta diretiva da Sotheby's, Domenico de Sole, afirmou que este órgão "apoia com entusiasmo" a oferta de Drahi e destacou que, após 30 anos como empresa cotada na bolsa, este é o "momento adequado" para que volte a mãos privadas e assim "continuar pelo caminho do crescimento e do sucesso".

A casa de leilões, que tem sua sede em Nova York, registrou em 2018 um faturamento de pouco mais de US$ 1 bilhão e lucro líquido de US$ 108,6 milhões, segundo seu último relatório entregue às autoridades americanas.