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Sony investiu US$ 250 mi em Michael Jackson antes de polêmico documentário

06/03/2019 17h04

Nova York, 6 mar (EFE).- A Sony Music Entertainment pagou no ano passado US$ 250 milhões para prorrogar seus direitos de distribuição sobre as músicas de Michael Jackson, uma operação feita antes do lançamento de um polêmico documentário sobre os supostos abusos sexuais do artista contra menores.

Segundo informou nesta quarta-feira o jornal "The Wall Street Journal", o acordo entrou em vigor no último dia 1º de janeiro e permite à Sony distribuir durante mais sete anos as gravações do "Rei do Pop" em nível mundial.

Em troca, a gravadora pagou aos herdeiros de Michael US$ 250 milhões, um contrato considerado um dos maiores neste âmbito.

A rentabilidade da aposta da empresa está agora em xeque, após o lançamento do documentário "Leaving Neverland", uma produção da emissora "HBO" que inclui os relatos de dois homens que afirmam ter sido vítimas do cantor quando eram crianças.

Michael, que morreu em 2009 aos 50 anos por uma overdose de remédios, foi acusado em diferentes ocasiões de ter abusado sexualmente de menores.

Em 2005, foi absolvido em um julgamento no qual era acusado de ter abusado de um jovem, enquanto em 1994 chegou a um acordo extrajudicial com a família de outro menino que o acusava do mesmo crime.

Segundo executivos da indústria fonográfica consultados pelo "The Wall Street Journal", as novas acusações podem afetar as vendas da música de Michael Jackson, que desde 1988 foi uma das grandes estrelas do catálogos da Sony.

No ano passado, Mihcael Jackson vendeu mais de 1,3 milhão de álbuns e unidades equivalentes, o que inclui downloads e reproduções em plataformas de streaming.

Os herdeiros dos artistas reagiram rapidamente a "Leaving Neverland", entrando com um processo contra a "HBO", no qual pedem US$ 100 milhões. EFE