Sindicato registra 30 detenções de profissionais da imprensa na Venezuela
Caracas, 26 fev (EFE).- O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) informou nesta terça-feira que só nos dois primeiros meses de 2019 pelo menos 30 jornalistas e funcionários de empresas de comunicação foram presos na Venezuela.
"São pelo menos 30 as detenções de jornalistas e trabalhadores da imprensa registradas nos dois primeiros meses de 2019 na Venezuela", disse no Twitter o SNTP, que também informou sobre a libertação do repórter da "Telemundo" em Caracas, Daniel Garrido, que ficou sem comunicação por oito horas depois de ser levado pelo Serviço de Inteligência.
De acordo com o sindicato, o jornalista foi "sequestrado" por funcionários da Inteligência venezuelana depois de "documentar a presença do Sebin no hotel onde estava a equipe da 'Univisión'", liderada pelo jornalista Jorge Ramos, que foi deportado nesta terça-feira.
As denúncias de detenções de jornalistas aumentaram depois de janeiro, quando aumentou a crise política na Venezuela com a decisão do chefe do Parlamento, Juan Guaidó, de se declarar presidente interino do país, por considerar o governo de Nicolás Maduro ilegítimo. Só em janeiro, o sindicato contabilizou 40 agressões a profissionais da imprensa, entre eles quatro da Agência Efe.
O governo de Maduro diz constantemente que a imprensa, em especial a estrangeira, cria "campanhas midiáticas" contra ele e inclusive mente sobre a situação de crise que existe no país. Além disso, vários jornais, rádios e TVs, nacionais e internacionais, foram fechados por ordem do governo chavista, como a "Radio Caracas Televisión" (RCTV), a "CNN en Español" e a "Caracol". EFE
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