Parlamento Europeu diz que somente desmentir notícias falsas não é suficiente
Lisboa, 21 fev (EFE).- A porta-voz da Unidade de Fake News (notícias falsas) do Parlamento Europeu, Marjory van den Broeke, alertou nesta quinta-feira que desmentir as notícias falsas não é suficiente, porque pode ajudar a estender a mentira, e que é necessário educar a população para que as identifique.
"O mais efetivo é avisar e informar ao povo antes: a alfabetização midiática vai ser muito importante", disse a porta-voz durante a conferência "Combate às Fake News, uma questão democrática", organizada em Lisboa pela agência de notícias portuguesa "Lusa" e a espanhola "Efe".
Van den Broeke defendeu que a ameaça da desinformação "é real" e faz dificulta a tomada de decisões em momentos como processos eleitorais.
"As pessoas não distinguem a mentira da verdade, e dessa forma são suscetíveis ao totalitarismo", afirmou a porta-voz da Eurocâmara, que analisou alguns dos mitos falsos coletados pela imprensa sobre a União Europeia, como por exemplo que iria proibir os bonecos de neve por ser racista.
A conferente fez igualmente um repasse das ferramentas utilizadas pela União Europeia para conscientizar os cidadãos sobre as notícias falsas e ajudar os jornalistas em seu trabalho, como o futuro lançamento de uma rede e um portal para verificar dados que "apresente contexto".
"Temos que ser críveis, não podemos dizer ao povo tolices. Se não, perderemos nossa credibilidade", afirmou.
A UE também está preparando uma conferência sobre o tema para finais de setembro e realiza sessões de formação com jornalistas que visitam o Parlamento.
A conferência sobre notícias falsas, realizada no Culturgest de Lisboa, foi inaugurada pelos presidentes da agência Lusa, Nicolau Santos, e da Efe, Fernando Garea, e contou também com a participação da ministra portuguesa de Cultura, Graça Fonseca, entre outros. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.