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Ator de "Empire" pode ser preso acusado de prestar queixa falsa de agressão

21/02/2019 01h07

Chicago (Estados Unidos), 20 fev (EFE).- O ator Jussie Smollett, da série de TV "Empire: Fama e Poder", passou de acusador para investigado no caso de uma suposta agressão homofóbica contra ele, depois de que nesta quarta-feira lhe foram apresentadas acusações por conduta desordeira.

De acordo com o porta-voz da Polícia de Chicago (Illinois, Estados Unidos), Anthony Guglielmi, a Promotoria apresentou acusações formalmente e as autoridades agora "negociam" com os advogados do ator uma "rendição razoável", o que poderia levar o ator a se entregar pelos seus próprios meios.

O porta-voz havia divulgado anteriormente que Smollett é "suspeito de uma investigação criminal".

O ator tinha denunciado que foi objeto de uma suposta agressão homófoba e racista ocorrida no final de janeiro, onde dois irmãos nigerianos foram presos como possíveis suspeitos, embora tenham sido libertados posteriormente.

"Jussie Smollett agora é oficialmente classificado como um suspeito em uma investigação criminal pela Polícia de Chicago para a apresentação de um relatório policial falsa", um crime grave, declarou Guglielmi, depois de que os detetives apresentaram provas perante um grande júri do condado de Cook.

Alguns meios de comunicação locais informaram que o ator possivelmente orquestrou o ataque, como ficou evidente pelo testemunho dado pelos irmãos detidos.

Smollett denunciou que, no último dia 29 de janeiro, dois homens mascarados gritaram insultos racistas e homofóbicos, o agrediram fisicamente e colocaram uma corda em seu pescoço enquanto caminhava sozinho pela rua, por volta das 2h (hora local).

O ator, que foi hospitalizado, disse que os agressores gritavam "esta é uma região da MAGA", em referência ao tema de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "Make America Great Again (Torne a América Grande Novamente)".

No entanto, no último final de semana, Guglielmi divulgou um comunicado no qual afirmou que os depoimentos dos irmãos Ola e Abel Osundairo "mudaram de fato a trajetória da investigação".

Jornais como o "Chicago Sun-Times" informaram que a polícia estava investigando se o ator realmente pagou aos irmãos uma quantia em dinheiro (US$ 3,5 mil) para montar o ataque no bairro de Streeterville, como disseram os detentos aos agentes.

Por trás disso, diz o jornal, estava a decisão dos produtores da "Fox Television" de retirar o ator da série, que se declarou gay, embora a emissora tenha negado tal possibilidade.

O noticiário local da rede "CBS" informou nesta quarta que obteve uma gravação de câmeras de segurança de uma loja que mostra quando os irmãos compram, um dia antes do ataque, bonés vermelhos e máscaras de esqui.

Através de seus advogados, Smollett declarou que se sentia "vitimizado" pela suspeita de ter orquestrado o suposto ataque racista e homofóbico que denunciou à polícia de Chicago, com a qual se declarou disposto a falar, desde que não respondesse. versões ou rumores de "fontes não identificadas".

A "Fox", por sua parte, divulgou uma declaração onde destacou que "Jussie Smollett continua sendo um profissional talentoso e como dissemos anteriormente, ele não está excluindo do programa", disse. EFE