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Herdeiros de Michael Jackson criticam imprensa por divulgar "mentiras"

28/01/2019 16h37

Los Angeles (EUA), 28 jan (EFE).- Os herdeiros de Michael Jackson criticaram nesta segunda-feira os meios de comunicação por acreditar e divulgar "as mentiras" que, em sua opinião, são contadas no documentário "Leaving Neverland", lançado recentemente no Festival de Sundance e que explora as acusações de abusos sexuais contra o cantor.

"Estamos furiosos porque a mídia, sem provas nem uma evidência física, escolheu acreditar na palavra de dois reconhecidos mentirosos acima da palavra de centenas de famílias e amigos no mundo todo que passaram tempo com Michael, muitos em Neverland, e experimentaram sua lendária amabilidade e generosidade global", disseram hoje em comunicado.

Os familiares do cantor lembraram ainda que o artista nunca foi condenado por estes casos.

"Nunca houve nenhuma prova de nada. No entanto, os meios de comunicação estão dispostos a acreditar estas mentiras", acrescentaram.

"Os criadores deste filme não estavam interessados na verdade. Nunca entrevistaram uma alma que conhecesse Michael, exceto os dois perjuros e suas famílias. Isso não é jornalismo e não é justo, mas os meios de comunicação estão perpetuando estas histórias", completaram.

Os herdeiros do músico disseram ainda que não podem permanecer calados enquanto continua "o linchamento público" de Micheal Jackson.

Na sexta-feira passada estreou no Festival de Sundance, o mais importante dos dedicados ao cinema independente nos Estados Unidos, o documentário "Leaving Neverland", que ao longo de quase quatro horas se aprofunda nas acusações de abuso que rodearam Jackson.

"No apogeu da sua fama, Michael Jackson começou uma longa relação com dois meninos, de 7 e 10 anos, e suas famílias. Agora, já na faixa dos 30, estes contam a história de como foram objeto de abusos sexuais por parte de Jackson", afirma a sinopse do filme no site de Sundance.

Dan Reed, diretor do documentário, reagiu às críticas recebidas nas últimas semanas assegurando que se aprendeu algo "durante este momento na história é que o abuso sexual é complicado e as vozes dos sobreviventes precisam ser escutadas".

Jackson, que morreu em 2009 aos 50 anos por uma overdose de remédios, foi acusado em diferentes ocasiões por supostamente ter abusado de menores.

Em 2005 foi absolvido em um julgamento no qual era acusado de ter abusado de um jovem, enquanto em 1994 chegou a um acordo econômico fora dos tribunais com a família de outro menino que o responsabilizava pelo mesmo crime. EFE