Juiz mantém caso Weinstein e marca audiência prévia ao julgamento em março
Nova York, 20 dez (EFE).- O juiz do caso Harvey Weinstein rejeitou nesta quinta-feira no tribunal de Nova York, nos Estados Unidos, o pedido do produtor de cinema de encerrar o caso e o intimou para uma audiência em 7 de março, prévia ao julgamento no qual ele enfrentará diversas acusações de agressões sexuais.
Weinstein chegou no início da manhã ao tribunal acompanhado de sua equipe de advogados, em um caso que acabou prejudicado nas últimas semanas por suas denúncias de que a polícia teria atuado de forma inadequada na investigação que o levou à prisão.
No entanto, e em uma audiência rápida, o juiz James Burke decidiu manter o caso e marcou uma audiência prévia ao julgamento para 7 de março, segundo anteciparam diversos veículos de imprensa locais.
Assim, o juiz Burke não encerrou nenhuma das acusações contra Harvey Weinstein, segundo o seu advogado Benjamin Brafman, que na saída do tribunal se limitou a dizer: "É uma decepção".
Weinstein é acusado de estuprar uma mulher em um quarto de hotel em Nova York em 2013 e de praticar sexo oral forçado em outra mulher em seu apartamento de Manhattan em 2006, entre as cinco acusações de crimes graves que causaram enorme repercussão em Hollywood e em grande parte da opinião pública.
No último dia 15, veio à tona uma nova demanda por agressão sexual e violência sexual, entre outras acusações, contra o produtor de cinema e sua companhia por uma aspirante a atriz, que não foi identificada no documento legal entregue.
Segundo a litigante, o primeiro incidente ocorreu durante o Festival de Cinema de Sundance em 2013 no quarto do hotel em que estava hospedado o produtor, que supostamente lhe garantiu que tinha dormido com a atriz Jennifer Lawrence.
Em outubro, Weinstein conseguiu se livrar de uma das seis acusações iniciais por crimes sexuais que pesam contra ele, depois que os promotores decidiram deixar de lado as acusações de uma mulher por inconsistências em seus depoimentos.
Esta foi a única vitória judicial de Weinstein desde que ele foi libertado este ano mediante o pagamento de uma fiança após ser acusado de estupro e abuso sexual pelas autoridades de Nova York.
Lucia Evans era uma das três mulheres cujas alegações foram utilizadas pelas autoridades nova-iorquinas para proceder com a detenção do produtor cinematográfico, cujo suposto histórico de abusos esteve no centro do nascimento do movimento #MeToo (#Eu também, em tradução livre do inglês). EFE
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