Twitter registra aumento de 10% em pedidos de governos sobre dados de pessoas
San Francisco (EUA), 13 dez (EFE).- O Twitter divulgou nesta quinta-feira que registrou, de janeiro a junho deste ano, um aumento de 10% no número de solicitações de dados de usuários por governos do mundo todo.
No relatório de transparência que apresenta os números correspondentes ao primeiro semestre, a rede social indicou ter recebido 6.904 pedidos oficiais de governos para terem acesso a informações de usuários, 10% a mais que as 6.268 solicitações recebidas no segundo semestre de 2017.
Esse tipo de requerimento é iniciado por um governo ou agência governamental que pede ao Twitter informações relacionadas a aspectos como o endereço de e-mail vinculado a uma conta, os conteúdos publicados nessa conta e as mensagens diretas enviadas pelo usuário.
O maior número de solicitações de dados entre janeiro e junho corresponde ao governo dos Estados Unidos, com 2.231 pedidos, dos quais o Twitter deu resposta total ou parcial a 56%. O segundo lugar ficou com o governo do Japão (1.426 pedidos, 76% respondidos), seguido pelo do Reino Unido (947, 67% respondidos). O governo brasileiro ficou na 12ª posição, 45 pedidos, 31% deles respondidos.
O Twitter explicou que, quando considera "apropriado", rejeita solicitações feitas mediante processos jurídicos "inválidos ou genéricos demais". De acordo com a empresa, uma alta porcentagem dos pedidos governamentais terminam sem nenhuma informação repassada ou apenas uma parte do pedido atendida.
O aumento de 10% nas solicitações em nível global a respeito do período anterior é o mais alto registrado desde o segundo semestre de 2015.
Além disso, a rede social recebeu, entre janeiro e junho, 12.244 solicitações de supressão de conteúdos por parte de governos, organizações dedicadas a combater a discriminação e advogados representando cidadãos.
Esse número representa um aumento de 80% com relação ao último relatório, mas, ao contrário das solicitações de informação, que ocorrem no mundo todo, os pedidos de supressão se concentram de maneira muito substancial em dois países: Turquia e Rússia, que somam 87% das reivindicações.
De todos os requerimentos de supressão recebidos pelo Twitter em nível global entre janeiro e junho, a rede social, que segundo os últimos dados conta com 336 milhões de usuários, só deu resposta total ou parcial a 17% deles.
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