Ciência mais divertida e comprometida toma a palavra no banquete do Nobel
Carmen Rodríguez.
Estocolmo, 10 dez (EFE).- A ciência tenta resolver os problemas da Humanidade, mas também sabe ser divertida, como demonstraram nesta segunda-feira no banquete em sua homenagem alguns dos novos prêmios Nobel que tomaram a palavra.
Se durante a cerimônia de entrega dos prêmios os agraciados devem limitar-se a fazer uma reverência ao rei da Suécia, outra aos acadêmicos e uma terceira ao público, quando termina o banquete, um por cada categoria toma brevemente a palavra.
E neste ano os risos se espalharam entre os 1.300 convidados, sobretudo com a Nobel de Física, Donna Strickland, e a de Química, Frances Arnold.
Strickland, antes de tudo, rendeu uma homenagem às duas mulheres que receberam o prêmio antes dela, Marie Curie e Maria Goeppert-Mayer. "Me sinto humilde por estar na sua companhia", disse.
Mas, sobretudo, falou de diversão e de 1983, quando Cyndi Lauper cantava "Girls Just Wanna Have Fun", mas tinham que esperar sair do trabalho para divertir-se.
No entanto, ela se divertia enquanto trabalhava porque "a física experimental é especialmente divertida" e no laboratório "há brinquedos realmente incríveis", no seu caso o laser de alta intensidade, que lhe valeram o Nobel, e que fazem "coisas mágicas".
Arnold, por sua vez, contou a história da maçã de Newton do ponto de vista da evolução: "Era uma vez que as maçãs iam em todas direções, pra cima, pra baixo, pro lado e só algumas caíam ao chão e germinavam, por isso através de milhões de anos de evolução só ficaram as que caíam".
A Nobel premiada por realizar a evolução dirigida de enzimas indicou que com a evolução "nas nossas mãos" se pode explorar caminhos para criar novas fontes de energia, curar doenças, "tornar-nos mais jovens - e bonitos -", mas também advertiu que se pode fazer um mal uso dela.
Por isso, brindou "pela evolução e para que a usemos bem".
Já o Nobel de Medicina, Tasuku Honjo, que vestia o tradicional quimono japonês, explicou como funciona a imunoterapia, uma nova arma contra o câncer, e encorajou a que mais cientistas trabalhem para melhorá-la e para que esteja disponível para todos.
William Nordhaus, premiado pela sua análise que incluem a mudança climática no crescimento econômico e que arrancou risos de aprovação ao começar seu discurso em sueco, pediu à atual "geração" que dê "agora" os passos para desacelerar o aquecimento global e preservar assim este "planeta maravilhoso".
Estocolmo, 10 dez (EFE).- A ciência tenta resolver os problemas da Humanidade, mas também sabe ser divertida, como demonstraram nesta segunda-feira no banquete em sua homenagem alguns dos novos prêmios Nobel que tomaram a palavra.
Se durante a cerimônia de entrega dos prêmios os agraciados devem limitar-se a fazer uma reverência ao rei da Suécia, outra aos acadêmicos e uma terceira ao público, quando termina o banquete, um por cada categoria toma brevemente a palavra.
E neste ano os risos se espalharam entre os 1.300 convidados, sobretudo com a Nobel de Física, Donna Strickland, e a de Química, Frances Arnold.
Strickland, antes de tudo, rendeu uma homenagem às duas mulheres que receberam o prêmio antes dela, Marie Curie e Maria Goeppert-Mayer. "Me sinto humilde por estar na sua companhia", disse.
Mas, sobretudo, falou de diversão e de 1983, quando Cyndi Lauper cantava "Girls Just Wanna Have Fun", mas tinham que esperar sair do trabalho para divertir-se.
No entanto, ela se divertia enquanto trabalhava porque "a física experimental é especialmente divertida" e no laboratório "há brinquedos realmente incríveis", no seu caso o laser de alta intensidade, que lhe valeram o Nobel, e que fazem "coisas mágicas".
Arnold, por sua vez, contou a história da maçã de Newton do ponto de vista da evolução: "Era uma vez que as maçãs iam em todas direções, pra cima, pra baixo, pro lado e só algumas caíam ao chão e germinavam, por isso através de milhões de anos de evolução só ficaram as que caíam".
A Nobel premiada por realizar a evolução dirigida de enzimas indicou que com a evolução "nas nossas mãos" se pode explorar caminhos para criar novas fontes de energia, curar doenças, "tornar-nos mais jovens - e bonitos -", mas também advertiu que se pode fazer um mal uso dela.
Por isso, brindou "pela evolução e para que a usemos bem".
Já o Nobel de Medicina, Tasuku Honjo, que vestia o tradicional quimono japonês, explicou como funciona a imunoterapia, uma nova arma contra o câncer, e encorajou a que mais cientistas trabalhem para melhorá-la e para que esteja disponível para todos.
William Nordhaus, premiado pela sua análise que incluem a mudança climática no crescimento econômico e que arrancou risos de aprovação ao começar seu discurso em sueco, pediu à atual "geração" que dê "agora" os passos para desacelerar o aquecimento global e preservar assim este "planeta maravilhoso".
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