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Acusado de homofobia, comediante Kevin Hart desiste apresentar Oscar 2019

07/12/2018 05h13

Los Angeles (EUA), 7 dez (EFE).- O ator e comediante americano Kevin Hart, que na última terça-feira havia anunciado que seria o apresentador da próxima edição do Oscar, desistiu de ser o mestre de cerimônia do principal evento do cinema, após a polêmica por conta de antigos tuítes com conteúdo homofóbico.

"Tomei a decisão de renunciar a apresentar o Oscar de 2019, pois não quero ser uma distração em uma noite que deveria ser celebrada por tantos artistas talentosos e incríveis. Eu, sinceramente, peço perdão à comunidade LGBTQ pelos meus conteúdos insensíveis do passado", escreveu no Twitter, no final da noite de quinta-feira.

"Lamento ter machucado as pessoas. Estou evoluindo e quero continuar a fazer isso. Minha meta é unir as pessoas e não dividi-las. Muito amor e agradecimento à Academia. Espero que possamos nos encontrar novamente", acrescentou.

Esta decisão do ator acontece depois de uma polêmica que circulou pelas redes sociais, por conta de mensagens suas ocorridas entre os anos de 2009 e 2011 que vieram à tona novamente.

"Acabo de ver o gay maior da história! Esse cara parecia Hulk Hogan com saltos. Eu não posso mentir, isso me assustou!", escreveu em um.

Em outra mensagem, ele disse que impediria seu filho de brincar com bonecas porque "isso é gay".

Os usuários das redes sociais também recuperaram outros tuítes onde Hart utilizava insultos como "bicha" para se referir a pessoas homossexuais.

Primeiramente, o ator reagiu com dois vídeos no Instagram onde não pedia desculpas e afirmou que o mundo está indo "além" da loucura.

"Pessoal, tenho quase 40 anos. Se você não acredita que as pessoas mudam, crescem e evoluem quando ficam mais velhas, eu não sei o que te dizer", disse Hart no primeiro vídeo.

"Se você quer colocar as pessoas em uma posição onde elas sempre têm que justificar ou explicar seu passado, faça isso, mas eu sou o cara errado", acrescentou.

Mais tarde, o ator publicou outro vídeo no Instagram, onde assegurava ter recebido um pedido da Academia de Hollywood, que organiza o Oscar, sugerindo que ele se desculpasse ou então "teriam que buscar outro apresentador".