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Ex-diretor executivo da CBS forçou mulher a fazer sexo oral, diz jornal

Leslie Moonves, da emissora norte-americana CBS - Getty Images
Leslie Moonves, da emissora norte-americana CBS Imagem: Getty Images

Em Nova York

28/11/2018 23h26

O ex-diretor da emissora de televisão americana "CBS", Leslie Moonves, obrigou uma aspirante a atriz de 25 anos a fazer sexo oral e tentou silenciá-la anos depois, segundo afirma um artigo do jornal "The New York Times" desta quarta-feira (27).

A mulher, Bobbie Phillips, tinha 25 anos quando a agressão sexual aconteceu em 1995, quando Moonves, que foi demitido no último mês de setembro pela "CBS" após ser acusado por mais de uma dezena de pessoas de assédio, era o presidente da Warner Bros Television.

Phillips conta que foi ao escritório de Moonves em Burbank, na Califórnia, por ordem de seu empresário, que lhe disse que o executivo de televisão, que tinha lançado séries de grande sucesso como "Friends" e "Plantão Médico", poderia lançá-la ao estrelato.

Durante a reunião, Moonves, então casado e com três filhos, ficou nu na frente da jovem e lhe prometeu que a incluiria em qualquer programa se ela fosse sua amante.

Em seguida, começou a forçá-la a fazer sexo oral, mas ela conseguiu fugir do escritório depois que ele teve que atender uma ligação telefônica.

O empresário de Phillips na época, Marv Dauer, contou ao "The New York Times" que Moonves lhe disse em abril deste ano que, se ela divulgasse essa informação, causaria o fim da sua carreira profissional.

"Se Bobbie falar, estou acabado", declarou.

Por essa razão, Moonves teria tentado aplacar as acusações de Phillips com a ajuda de Dauer, um agente que tinha alcançado certo êxito no passado, mas cujo negócio se deteriorou substancialmente nos últimos anos.

Moonves, que trabalhava na "CBS" há 24 anos, foi demitido em setembro deste ano depois que, no final de julho, meia dúzia de mulheres denunciaram os assédios que tinham sofrido por parte do executivo em artigo publicado pela revista "The New Yorker".

Então começou uma investigação interna por parte da emissora, que ao mesmo tempo começou a pactuar com Moonves sua saída, pela qual ele receberia US$ 120 milhões, uma quantia que poderia estar em perigo com as novas revelações.