Grammy Latino consagra Jorge Drexler e confirma fenômeno Rosalía
A elegância e a voz poética de Jorge Drexler brilhou nesta quinta-feira na 19ª cerimônia do Grammy Latino, onde o uruguaio levou três prêmios, inclusive os de Canção e Gravação do Ano, e na qual a espanhola Rosalía confirmou com dois prêmios a repercussão internacional de suas músicas.
O fino elogio às novas tecnologias de "Telefonía" deu a Drexler, estabelecido na Espanha há mais de duas décadas, os fonógrafos de Canção e Gravação do ano, enquanto seu disco "Salvavidas de Hielo" completou o "hat-trick" com o prêmio de Melhor Álbum de Cantor-Compositor.
"Eu já não sei o que dizer, queridos amigos", disse o cantor uruguaio visivelmente emocionado e surpreso sobre o palco do MGM Grand Garden Arena.
Drexler lembrou com carinho da sua família ("Me aguentam em tantas coisas, tantas horas fora...") e do falecido produtor e engenheiro Ernesto 'Nieto' García, que gravou seu disco "Salvavidas de Hielo".
"Que viva a Ibero-América, que viva a música ibero-americana, que viva Borges, que viva Pessoa, que viva a cumbia, que viva o reggaeton, tudo. Vamos em frente", destacou o uruguaio.
Depois de Drexler, Chico, Buarque, Rosalía, o mexicano Luis Miguel, o porto-riquenho Víctor Manuelle e a argentina Claudia Montero formaram o grupo de artistas que foram reconhecidos duas vezes pelo Grammy Latino esta noite.
A fusão de flamengo e gênero urbano de Rosalía, uma das sensações da temporada, levou os prêmios de Melhor Canção Alternativa e Melhor Fusão/Interpretação Urbana, ambas por "Malamente",
"Obrigado a todas as mulheres da indústria que me mostraram que é possível, porque graças a elas estou aqui", afirmou a jovem após mencionar grandes figuras como Lauryn Hill, Björk e Kate Bush.
Por sua vez, Luis Miguel surpreendeu ao levar o prêmio de Álbum do Ano com "México por Siempre", embora o público da cerimônia não tenha escondido sua decepção pela ausência do cantor no evento.
Sua compatriota Thalía, que tinha anunciado o ganhador desta categoria no palco, garantiu que levaria ao cantor o fonógrafo dourado.
Apesar de ter partido como grande favorito com oito indicações, o astro colombiano J Balvin teve que conformar com um só fonógrafo dourado: o de Melhor Álbum de Música Urbana por "Vibras".
"Obrigado a todos os que estão representando este gênero, que lutamos tanto, que às vezes foi um pouco discriminado, mas aqui seguimos lutando e demonstrando que há gente com muito talento", afirmou Balvin.
"Avaliem o novo sangue que vem porque somos o futuro da música. É hora de criar novas lendas", completou.
A parte musical do evento foi aberta com apresentação de Marc Anthony, Will Smith e Bad Bunny, que deram o tiro de largada com a bilíngue "Está rico".
Outras atuações aguardadas pelo público foram de Natalia Lafourcade, Carlos Vives Kany García e da banda Maná, reconhecida com o prêmio de Personalidade do Ano 2018 e que interpretou as canções "En el muelle de San Blas", "Labios compartidos" e "Clavado en un bar".
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