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Michelle Obama promove livro de memórias e diz por que não sorriu na posse de Trump

Becoming, de Michelle Obama - Reprodução
Becoming, de Michelle Obama Imagem: Reprodução

Em Chicago

14/11/2018 04h16

A ex-primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, reconheceu nesta terça-feira que o dia em que ela e seu marido deixaram a Casa Branca depois de oito anos foi "o mais triste" da sua vida e confessou que chorou muito. Além disso, disse que foi incapaz de sorrir na posse de Donald Trump.

Michelle fez esta confissão na sua cidade natal, Chicago, onde iniciou hoje uma turnê para promover seu livro de memórias, "Becoming", diante de cerca de 14.000 pessoas, que pagaram entradas que oscilavam entre US$ 30 e US$ 3.000.

Em "Becoming", Michelle se esforça para superar o esquema clássico da primeira-dama e põe o foco em experiências universais ligadas à sua vida familiar e profissional, assim como uma série de duras críticas para Trump.

"Foi um dia cheio de emoções diversas", disse a ex-primeira-dama à apresentadora Oprah Winfrey, escolhida para a ocasião para entrevistá-la sobre um palco no pavilhão esportivo United Center, casa do Chicago Bulls na NBA.

Naquele 20 de janeiro de 2017, foram 30 minutos de choro a bordo do avião que lhes levou de Washington a Nova York, contou Michelle, um momento que não incluiu em "Becoming".

"Mas me ficou marcado - acrescentou - porque era o final de um processo muito difícil, onde, com Barack, tentamos fazer tudo à perfeição".

A ex-primeira-dama lembrou que a saída da Casa Branca, para dar entrada ao novo inquilino, Donald Trump, foi tão vertiginosa como a transição que sua família viveu quando o seu marido se transformou no 44º presidente dos EUA.

"Todo processo de transição é uma loucura. Um dia é uma família normal. Depois acontece a eleição e a sua vida muda instantaneamente. É como se explodisse uma bomba na sua casa", comparou.

Michelle Obama também aproveitou a apresentação de "Becoming" para confessar que durante a posse de Trump, no Congresso, foi incapaz de sorrir.

"Não pude fazer isso. Normalmente sou melhor que isso... Mas foi difícil", lembrou.

Michelle promoverá suas memórias com uma turnê digna de uma estrela do rock, com conversas em estádios dos EUA e do Reino Unido junto com nomes como a escritora Chimamanda Ngozi Adichie e as atrizes Reese Witherspoon e Sarah Jessica Parker.